Banca de DEFESA: RAQUEL PEREIRA DE LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAQUEL PEREIRA DE LIMA
DATA : 28/04/2025
HORA: 08:30
LOCAL: Virtual Meet
TÍTULO:

ENTRE LEMBRAR E ESQUECER: MARCAS SIMBÓLICAS DA VIOLÊNCIA EM ANTONIO CARLOS VIANA


PALAVRAS-CHAVES:

Conto. Violência. Memória. Antonio Carlos Viana. Literatura brasileira.


PÁGINAS: 245
RESUMO:

Antonio Carlos Viana, o “João Cabral do conto”, foi um contista que ainda precisa ser descoberto pela maioria das pessoas. Ele conseguiu, por meio de suas narrativas, construir um estilo próprio e inconfundível. Não há como separar o tema da violência de seus contos, bem como a memória como recurso para revivê-lo. O escritor sergipano apresentou em seus 40 anos de produção um retrato dos infortúnios que acometem os homens na sociedade independente de seus status social, de sua idade e de seu gênero. Este trabalho tem como objetivo geral analisar a construção da memória da violência experimentada pelos sujeitos na contística de Antonio Carlos Viana buscando compreender a ressignificação dessas lembranças, principalmente quando permeiam os aspectos físicos e os aspectos psicológicos dos personagens. Para alcançar nosso objetivo, optamos por fazer uma pesquisa qualitativa, de cunho bibliográfico e como referencial teórico elegemos as discussões levantadas por diferentes autores sobre a teoria do conto, como por exemplo, Armando Moreno (1987), Enrique Imbert (1979), Herman Lima (1952), Julio Cortázar (2008), Massaud Moisés (2012), Ricardo Piglia (2004); sobre a violência, a saber, Hannah Arendt (1985), Jaime Ginzburg (2013; 2017), Heleieth Saffioti (2015) e sobre memória, Nildo Viana (2020), Joël Candau (2021), Jeane Gagnebin (2009), Márcio Seligmann-Silva (2003), Paolo Rossi (2010), Paul Ricœur (2007), Peter Levine (2023) entre outros autores. Partindo dessas leituras podemos ampliar as análises feitas dos contos escolhidos, os quais foram “Moonlight serenade”, do livro Cine privê (2009), “Cara de Boneca” e “Três lembranças”, de Jeito de matar lagartas (2016), “Um barão assinalado”, de O meio do mundo (1993) e de O meio do mundo e outros contos (1999), “Reverendíssimo Padre Diretor”, de Aberto está o inferno (2004) e “Três revoltas”, encontrado na coletânea organizada por Regina Zilberman, Este seu olhar (2006). Como um escritor criterioso, dotado de domínio estético bem como narrativo, Antonio Carlos Viana elaborou uma narrativa que conseguiu usar a linguagem econômica e habitual e a organização sintática, como um ourives das palavras, em prol da construção de um texto literário que cumpre o papel de questionar e trazer à tona situações universais típicas do homem na sociedade, sem ser panfletário e gratuito, fazendo-nos refletir sobre o nosso papel no mundo e como ele nos afeta cotidianamente.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1803529 - REGINA SIMON DA SILVA
Interno - 3546280 - SAMUEL ANDERSON DE OLIVEIRA LIMA
Externo à Instituição - AFONSO HENRIQUE FAVERO
Externa à Instituição - CHRISTINA BIELINSKI RAMALHO
Externo à Instituição - RAMON DIEGO CÂMARA ROCHA
Notícia cadastrada em: 11/04/2025 09:46
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