PORTA DOS FUNDOS: UM ESTUDO ECOLÓGICO-COGNITIVO DO HUMOR À BEIRA DO CAOS
Esta pesquisa busca investigar o humor dos esquetes do coletivo Porta dos Fundos. Assim, tem como objetivo principal verificar as estratégias cognitivas e linguísticas (verbais e não verbais) utilizadas na produção desse material audiovisual que proporcionam o riso em seus telespectadores. Para isso, este estudo utiliza as categorias de análise frames (FILLMORE, 1982; LAKOFF, 2012, 2014; DUQUE, 2017) e jogos de linguagem (WITTGENSTEIN, 2012; STEELS, 2012; DUQUE, 2016; 2019), numa perspectiva complexa e adaptativa (RZEVISK, 2011; DUQUE, 2017) e está respaldado na abordagem ecológico-cognitiva da linguagem, vertente da Linguística Cognitiva cuja condição inicial é a relação organismo-ambiente (GIBSON, 2015). Este trabalho segue o paradigma interpretativista de pesquisa e, assim, opta pela abordagem qualitativa, uma vez que seu interesse recai na compreensão e interpretação da semiose das relações humanas (MINAYO, 2009). A análise efetuada até o momento sugere que as situações apresentadas nos esquetes emergem de padrões cognitivos que sofrem turbulências devido à inserção de informações novas a situações já conhecida pelos participantes. Parece que dessas turbulências emerge a sensação de humor.