Banca de DEFESA: ANA MERCIA DUARTE DA SILVA NUSS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA MERCIA DUARTE DA SILVA NUSS
DATA : 01/02/2018
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório C do CCHLA
TÍTULO:

ERROS GRÁFICOS NA TRANSCRIÇÃO DE DITADOS DE APRENDIZES BRASILEIROS DE ELE


PALAVRAS-CHAVES:

Análise de erros gráficos; interlíngua; relação fonema-grafema


PÁGINAS: 120
RESUMO:

Português e Espanhol são duas línguas muito próximas por pertencerem à família das línguas românicas, contudo, suas diferenças merecem destaque na medida em que se manifestam na atividade de escritura do espanhol, mediante vários tipos de erros, entre eles, os gráficos. Nesse sentido, a partir da análise de transcrições de ditados feitas em aulas de ELE – no Ensino Médio (EM) e Superior (ES), este trabalho pretende (i) analisar os erros gráficos oriundos da má compreensão de fonemas do espanhol e; (ii) detectar a ocorrência de erros gráficos decorrentes da transferência fonológica do português para o espanhol, assim como, da transferência morfológica daquela para esta última; acrescido a isso, o desconhecimento ou esquecimento das regras ortográficas da nova língua. O objeto de pesquisa é a grafia de quinze palavras extraídas do texto ¿Sabías que los nidos de las abejas se llaman colmenas? e a relação dos fonemas [β], [b], [x], [λ], [θ], [ɾ], [n], com os grafemas encontrados nessas palavras.  O corpus é composto por 38 ditados transcritos por alunos brasileiros, entre adolescentes e adultos. O texto traz 103 palavras em um vocabulário básico e provém de uma revista em quadrinhos escrita em espanhol. Quanto ao aporte teórico, neste trabalho teremos as contribuições provenientes da Análise Contrastiva (Lado, 1957), da Análise de Erros (Corder, 1967; Ellis, 1994) e de Interlíngua (Selinker, 1972); da Fonética e da Fonologia, da Ortografia (no Ensino de línguas) e das particularidades fonológico-ortográficas entre o espanhol e o português do Brasil (Masip, 2001, 2010; FROST, 1992); da relação entre o sistema fonológico e ortográfico em si (CAGLIARI, 2002; LLOP, 1999); entre outros autores. No que concerne à metodologia, temos a contribuição da Sociolinguística Variacionista (Labov; 1972; Tarallo, 2007; Guy & Zilles, 2007) na análise quantitativa das variáveis sociais envolvidas na pesquisa (idade, sexo, nível escolar e tipo de instituição de ensino anterior). Dentre alguns dos resultados obtidos, as análises apontaram, a exemplo, (1) que a relação fonema-grafema entre /β/ e as letras <b> e <v> em abejas, árboles arriba, trabajan, viven foi na grande maioria bem-sucedida, com uma porcentagem de erros gráficos entre 0 e 23%; (2) já outros fonemas - /x/, /ɾ/, /r/, /λ/ e /n/ - dentre essas mesmas palavras, apresentaram erros gráficos e/ou em maior quantidade e/ou numa maior variação de grafias equivocadas como em “abelhas”, “aberras”, “aberas”, “árbores”, “ariba", “trabaran”, “trabalhaØ”, “viben”. Uma das relações entre fonema e a grafia esperada no espanhol foi a existente entre /λ/ e <ll> na palavra llaman. Em um total de onze variações de transcrições equivocadas desta palavra, quatro são referentes à relação supracitada – e.g. lhaman, llhaman, ilhaman, chaman – enquanto as demais trouxeram erros de grafia na segunda sílaba, na relação entre o fonema /n/ e o grafema <n>, tendo <n> a função gramatical de desinência verbal do presente do indicativo na terceira pessoa do plural em espanhol - presente nas palavras llaman, trabajan, utilizan, ven e viven – enquanto no português - em trabalham [tɾa´baʎãw] - a desinência com a mesma função é representada pelo grafema <m> e fonema /w/. Em se tratando da relação erros gráficos e dados sociais dos participantes da pesquisa, os resultados mostraram que a variável idade - dividida em três faixas etárias – apresentou maior taxa de erros na primeira faixa (de 18 a 20 anos), com um total de 198 erros para um total de 359 (198/359), aproximadamente 55,15% de erros. Já a com menor índice se localizou na faixa etária entre 21 a 25 anos, com um índice de erros de 72/359, igual a 20,05%. As variáveis sexo e nível de ensino apresentaram diferenças pequenas quando comparadas à quantidade de erros encontrados, não sendo consideradas relevantes como fatores extralinguísticos. Entretanto, chamou-nos a atenção a variável origem escolar (se privada ou pública) anterior ao IFRN. Os dados mostraram que 55,43% dos erros foram de alunos que vieram de ensino público, contra 44,57% do ensino privado.          


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1551756 - EDVALDO BALDUINO BISPO
Externo ao Programa - 1525199 - ERICA REVIGLIO ILIOVITZ
Externo à Instituição - TATIANA MARANHÃO DE CASTEDO - IFPB
Notícia cadastrada em: 23/01/2018 09:19
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