Banca de QUALIFICAÇÃO: CARLOS ROBERTO RODRIGUES BARATA JÚNIOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS ROBERTO RODRIGUES BARATA JÚNIOR
DATA: 16/06/2015
HORA: 14:00
LOCAL: sala 308
TÍTULO:

MEMÓRIA ATÁVICA. Estética da loucura em Mario Quintana


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Quintana. Loucura. Memória. Poesia. Sociedade. 


PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Este trabalho tem como objetivo investigar as acepções do termo loucura e de seus numerosos derivados na obra do poeta Mario Quintana (1906-1994).  Por pouco mais de meio século, o escritor gaúcho entrelaçou insistentes imagens em um plano estético unificado, com vistas a questionar os conceitos de razão e de consciência. O poema Atavismo (1977) ofereceu-se para servir ao mesmo tempo enquanto ponto de partida e eixo central para nossas análises. Conduzido por Atavismo, este estudo observou que os termos loucura e poesia têm ambos a mesma gênese: uma memória atávica. Por isso, foi preciso que considerássemos as inferências sobre o atavismo, conceito das ciências biológicas relativo a um tipo especial de memória e, também, a memória ela mesma. Na redundância proposital formada pelo adjetivo atávica e pelo substantivo memória, o poeta nos induz à percepção de que a discussão sobre a loucura/poesia orbita em torno de um problema coletivo, isto é, social, em sua relação com os tempos e com os valores dos tempos. A compreensão assumida é a de que o (s) termo (s) loucura/poesia erige(m)-se como antítese de formas específicas das configurações sociais vigentes, sejam elas políticas, artísticas, econômicas ou culturais.  É na busca do entendimento dessa antítese que apregoa formas mais espontâneas de vida que este trabalho finaliza seus esforços, apurando as figuras e recursos estéticos com os quais o poeta incorporou seu intento: a criança, o louco, Trebizonda e outros adidos no elenco linguístico quintaniano. Por trabalharmos com uma poética bem articulada em si, a leitura interligada dos poemas de Mario Quintana sustenta-se por si mesma, mas não se institui necessariamente hermética, exclusiva. Sendo esta uma pesquisa qualitativa e não havendo fortuna crítica que verse sobre a temática, a melhor forma de trabalho é, antes de tudo, a leitura atenta dos poemas e a anuência de suas próprias vozes. Para tanto, o trabalho tomar como aporte teórico o pensamento de Mikhail Bakhtin (1895-1975), Henri Bergson (1859-1941), Maurice Halbwachs (1877-1945), Jacques Le Goff (1924─), Michel Foucault (1926─1984) e Ecléa Bosi.  Tais vozes impulsionam apontamentos críticos mais ricos acerca de uma obra brasileira propagada durante uma vida inteira em defesa de uma humanidade além da lógica cartesiana.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1299003 - DERIVALDO DOS SANTOS
Interno - 1674934 - TANIA MARIA DE ARAUJO LIMA
Externo ao Programa - 1169325 - VALDENIDES CABRAL DE ARAUJO DIAS
Notícia cadastrada em: 10/06/2015 14:19
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