ORTOGRAFIA DE CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NAS
LÍNGUAS SEMITRANSPARENTES PORTUGUÊS BRASILEIRO E PORTUGUÊS EUROPEU
Escrita manual; Desenvolvimento da Linguagem; Alfabetização;
Aprendizagem.
INTRODUÇÃO: O português brasileiro e europeu, línguas semi-transparentes, apesar de
apresentarem predominantemente palavras regulares, também surgem com palavras irregulares. As
características fonético-fonológicas da língua, influenciam diretamente na aquisição,
desenvolvimento e expressão da língua na fala e também na escrita. Questões de estrutura e
educação no Brasil vêm sendo pontuadas e discutidas ao longo dos anos, trazendo questões sociais,
políticas, educacionais e de saúde. Estudos que envolvem dislexia do desenvolvimento têm-se
desenvolvido em setores que pesquisam esta área, bem como avaliação, diagnóstico e tratamento
nestes casos. Por tratar-se do mesmo idioma do Brasil alguns estudos ou estratégias podem ser
compartilhadas entre os países, seja para diagnóstico diferencial ou intervenção. Além das diferenças
culturais e estruturais que influenciam na organização de estratégias de pesquisa e intervenção
nestes casos. Indivíduos com transtorno específico de aprendizagem e TDAH, podem ter dificuldades
em memorizar e reproduzir grafias de palavras irregulares também. Dificuldades na decodificação
das palavras, referentes a conversão grafema-fonema podem ser observadas na escrita destes
pacientes. Diante disso, o presente trabalho traz a seguinte pergunta de pesquisa: quais são as
semelhanças e diferenças de sinais clínicos na ortografia de escolares com sinais de risco ou
transtornos do neurodesenvolvimento de escolas públicas e privadas do Brasil e Portugal?
OBJETIVOS: Analisar a ortografia de crianças com dificuldades de aprendizagem em contextos
educacionais e clínicos distintos nas línguas português brasileiro e português europeu. Por meio de
três estudos interligados, pretendemos fornecer uma contribuição significativa para a compreensão
das dificuldades de desenvolvimento da aprendizagem na ortografia e escrita em crianças,
especialmente em contextos educacionais no Brasil e em Portugal. Por meio da análise comparativa,
buscamos identificar padrões específicos que podem informar práticas de intervenção e políticas
educacionais mais eficazes e inclusivas. MÉTODO: Descrever os tipos de erros ortográficos em
crianças de escolas privadas com queixas de dificuldade na leitura e escrita no ensino fundamental
de Natal/RN (Estudo 1); Descrever e comparar o desempenho na escrita em crianças de escolas
públicas de Natal, no 2o e 3o ano (Estudo 2); Comparar o desempenho na ortografia de crianças com
em Natal/RN e em Lisboa/Portugal, ambas falantes do português brasileiro e europeu,
respectivamente (Estudo 3). RESULTADOS ESPERADOS: 1. Caracterização dos Erros Ortográficos:
O Estudo 1 pode fornecer uma análise detalhada dos tipos de erros ortográficos cometidos por
crianças com e sem queixas de dificuldade na leitura e escrita em escolas privadas de Natal/RN. Isso
pode levar a insights sobre os padrões de dificuldades ortográficas específicas em cada grupo. 2.
Desempenho na Escrita entre Brasil e Portugal: O Estudo 2 pode oferecer uma compreensão
comparativa do desempenho na escrita entre crianças de escolas públicas no Brasil e Portugal. Isso
pode revelar semelhanças e diferenças no desenvolvimento da escrita entre os dois países. 3.
Comparação da Ortografia em Casos de Dislexia: O Estudo 3 tem o potencial de identificar diferenças
significativas no desempenho ortográfico entre crianças em Natal/RN e Lisboa/Portugal. Isso pode
fornecer informações cruciais sobre como o contexto educacional e cultural pode influenciar as
dificuldades ortográficas em crianças com dislexia.