Banca de DEFESA: IZABELLE BEZERRA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : IZABELLE BEZERRA COSTA
DATA : 25/01/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL E INDICADORES PROPOSTOS PELA REDE CEGONHA NO ÂMBITO DO CUIDADO PRÉ-NATAL


PALAVRAS-CHAVES:

Sífilis Congênita. Cuidado Pré-Natal. Serviços de Saúde Materno-Infantil. Política de Saúde. Avaliação de Programas e Projetos de Saúde.


PÁGINAS: 82
RESUMO:

Em comparação aos demais países da América Latina, o Brasil tem se destacado ao longo dos anos por apresentar taxas elevadas de notificações de sífilis congênita – denunciando, em especial, o evidente déficit das intervenções em saúde durante os cuidados pré-natais. Em 2011, na tentativa de melhorar as condições de saúde materno-infantil no país, foi instituída a Rede Cegonha, política que orienta a implementação de um novo modelo de atenção à saúde da mulher e da criança, a organização da rede de cuidados e a redução da mortalidade materna e infantil. O objetivo desta pesquisa foi analisar a incidência de sífilis congênita nos municípios brasileiros conforme indicadores propostos pela Rede Cegonha no âmbito do cuidado pré-natal. Trata-se de um estudo com delineamento observacional, do tipo ecológico misto com caráter analítico, cuja amostra foi composta por 257 municípios com quantidade de habitantes igual ou superior a cem mil (n = 257). Realizou-se análise descritiva das variáveis dependentes e independentes e análise bivariada por Regressão de Poisson por Variância Robusta para os desfechos “incidência de sífilis congênita” e “razão entre sífilis congênita e sífilis em gestante”. Na análise de tendência (2015-2019), foram estimadas médias marginais por meio de Análise de Variância (ANOVA) do tipo Split-Plot para os desfechos escolhidos conforme variáveis independentes elencadas. A análise transversal evidenciou que a incidência média de sífilis congênita foi 42% maior nos municípios com IDH até 0,785 (RM=1,42; p<0,001) e 36% maior entre populações com disponibilidade de teste rápido abaixo de 50% (RM =1,36; p<0,005). A razão entre sífilis congênita e sífilis em gestantes foi 33% maior entre municípios com proporção de pobres acima de 6,9% (RM=1,33; p<0,001) e 24% maior entre locais com menos de 50% de disponibilidade de testes rápidos (RM=1,24; p<0,001). Não foi observada significância estatística do Escore de Qualidade do Pré-natal em comparação aos desfechos. A análise de tendência apontou um forte efeito do tempo (anos) na incidência de sífilis congênita (F=0,146; p<0,001) e sobre a razão entre sífilis congênita e sífilis em gestantes (F=0,192; p<0,001). Em contrapartida, notou-se que a interação entre ano e Índice de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM) e ano e “Escore de Qualidade do Pré-Natal” apresentaram efeitos baixos sobre os desfechos. Os achados desse estudo remetem a um cenário nacional preocupante no que concerne à prevenção e controle da sífilis congênita. Todavia, cabe ressaltar, que a disponibilidade de testes rápidos e melhores condições de vida e saúde da população, sobretudo dos aspectos socioeconômicos, estiveram associados a melhores desfechos. A presente pesquisa evidenciou os importantes traços de desigualdade na ocorrência de sífilis congênita, chamando a atenção para estratégias de redução das iniquidades em saúde e melhorias no cuidado pré-natal.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149540 - ANGELO GIUSEPPE RONCALLI DA COSTA OLIVEIRA
Interno - 2379141 - RICHARDSON AUGUSTO ROSENDO DA SILVA
Externa ao Programa - 1674688 - TATYANA MARIA SILVA DE SOUZA ROSENDO
Externo à Instituição - ANDRÉ LUIS BONIFÁCIO DE CARVALHO
Notícia cadastrada em: 20/01/2022 10:17
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