Banca de DEFESA: KÁLYA YASMINE NUNES DE LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KÁLYA YASMINE NUNES DE LIMA
DATA : 28/01/2021
HORA: 08:00
LOCAL: Departamento de Saúde Coletiva
TÍTULO:
DESIGUALDADES NA MORTALIDADE E ESTÁDIO NO DIAGNÓSTICO POR CÂNCER DE PULMÃO NO BRASIL

PALAVRAS-CHAVES:
Epidemiologia; Neoplasias de Pulmão; Desigualdade em Saúde; Determinantes Sociais da Saúde

PÁGINAS: 100
RESUMO:

Objetivou-se analisar o estádio clínico tumoral ao diagnóstico e a mortalidade por câncer de pulmão e sua relação com fatores socioeconômicos e de oferta de serviços de saúde no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico e transversal. Os óbitos (C33-34) foram coletados do Sistema de Informações sobre Mortalidade para o período de 2011 a 2015. Os dados individuais relacionados ao diagnóstico do câncer e condições socioeconômicas foram obtidos a partir do Integrador dos Registros Hospitalares de Câncer para o período de 2006 a 2015. As variáveis contextuais foram coletadas no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e na Agência Nacional de Saúde Suplementar. Para análise da mortalidade e do diagnóstico tardio do câncer de pulmão, aplicou-se o teste de Qui-Quadrado e a Regressão de Poisson com variância robusta para um nível de confiança de 95%. A dependência espacial das taxas de mortalidade e da Proporção de Diagnóstico Tardio (PDT) foram verificadas pelo índice de Moran Global e o Indicador Local de Associação Espacial. O diagnóstico precoce foi analisado pelo teste de Qui-Quadrado de Pearson e Regressão de Poisson Multinível. A taxa média de mortalidade ajustada pela idade, entre 2011 e 2015, foi de 12,8 mortes por 100.000 habitantes. As altas taxas de mortalidade por câncer pulmonar estavam significativamente associadas com a Densidade de médicos generalistas (RP=1,68), Estabelecimentos habilitados em oncologia (RP= 1,49) e inversamente associadas com % de pobres (RP=1,73) e, apresentaram autocorrelação espacial (Moran= 0,5; p= 0,01). O modelo espacial multivariado foi constituído pelas variáveis Estabelecimentos habilitados em oncologia, Renda e Cobertura dos planos de saúde e apresentou um poder explicativo de 66% para a mortalidade por câncer de pulmão. Entre 2011 e 2015, a PDT foi de 85,49% para a população entre 18 e 99 anos. As PDT, combinadas para ambos os sexos, apresentaram baixa autocorrelação espacial, porém significativa (Moran= 0,37; p= 0,01) e correlação com Taxa de Envelhecimento (0,109; p=0,010), % de Trabalhadores Expostos a Agentes carcinogênicos (p=0,019), Gini (p=0,001) e Densidade de Equipes de Atenção Primária à Saúde (p=0,042). De 2006 a 2015, 87,71% dos casos foram diagnosticados em estádio avançado. A faixa etária de 50 a 59 anos (RP=1,04), sexo masculino (RP=1,02), raça/cor não branca (RP=1,01), ensino fundamental incompleto (RP=1,05) e os tumores de células pequenas (RP=1,08) estão associados ao diagnóstico em estádio avançado. Para o mesmo período, a proporção de diagnóstico precoce do câncer de pulmão foi associada a faixa etária mais velha (70 anos ou mais- RP 1,30; IC 1,14-1,48), ao ensino superior (RP 1,45; IC 1,24-1,69), ao sexo feminino (RP 1,18; IC 1,10-1,26) e ao Tumor de Células escamosas (RP 1,19; IC 1,10-1,29). O diagnóstico precoce não apresentou associação com as variáveis contextuais. Existem desigualdades na distribuição das taxas de mortalidade por câncer de pulmão relacionada à oferta de serviços de saúde e às condições socioeconômicas. A ausência de relação direta do contexto ao estádio do câncer no diagnóstico aponta a maior influência que as características individuais e do próprio tumor exercem sobre a detecção do câncer.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ARN MIGOWSKI ROCHA DOS SANTOS - INCA
Interna - 2149611 - CLELIA DE OLIVEIRA LYRA
Externa à Instituição - CRISTIANE MURTA RAMALHO NASCIMENTO - UNESP
Presidente - 3926907 - DYEGO LEANDRO BEZERRA DE SOUZA
Interna - 2305247 - ISABELLE RIBEIRO BARBOSA MIRABAL
Notícia cadastrada em: 17/12/2020 17:16
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