Banca de DEFESA: PEDRO HENRIQUE ALCANTARA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PEDRO HENRIQUE ALCANTARA DA SILVA
DATA : 30/09/2020
HORA: 09:00
LOCAL: DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
TÍTULO:

INIQUIDADE RACIAL NO ACESSO AO PRÉ-NATAL NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE


PALAVRAS-CHAVES:

Cuidado Pré-Natal. Acesso aos Serviços de Saúde. Fatores Raciais.


PÁGINAS: 71
RESUMO:

O acesso ao pré-natal é o principal promotor do nascimento saudável e a principal medida de prevenção de mortalidade materna por causas evitáveis existente na atenção básica. A entrada precoce neste serviço possibilita atingir o número adequado de consultas, bem como a realização dos procedimentos preconizados e definidores de adequabilidade. A raça/cor da pele é um importante preditor do estado de saúde da população, assim como um marcador de desigualdades sociais. Objetivou-se, então, realizar revisão sistemática da literatura e meta-análise de estudos transversais, para identificar a prevalência de acesso ao pré-natal no primeiro trimestre de gestação de acordo com a raça ou etnia e sua magnitude de associação. O protocolo desta revisão está cadastrado na plataforma PROSPERO sob o número CRD42020159968. Foram realizadas buscas na PUBMED, LILACS, Web of Science, Scopus, CINAHL e na literatura cinzenta (Google Scholar e Opengray), utilizando os descritores “pregnancy”, “prenatal care” e “Health Services Accessibility”. A qualidade dos estudos e o risco de viés foram analisadas utilizando o instrumento Joanna Briggs Critical Appraisal Checklist for Analytical Cross-Sectional Studies. Após as etapas de análise, foram incluídos 17 estudos para compor esta revisão. Os dados extraídos foram tabulados e analisados de forma qualitativa e quantitativa por meio de metanálise. Observou-se que, na maioria dos estudos incluídos, as negras foram as que menos tiveram acesso aos serviços de pré-natal ainda no primeiro trimestre, com prevalência de acesso variando de 53% a 56,4%; já as mulheres brancas tiveram prevalência entre 74% a 76,5%; e as de outras etnias de 64,2% a 68,8%. Na análise quantitativa dos dados, verificou-se que as negras quando comparadas às brancas apresentam 43% de chances a menos (OR = 0,57 IC95% 0,51-0,64) de obterem cuidados obstétricos ainda no primeiro trimestre, e de 22% de chances a menos quando comparadas com as mulheres de outras etnias (OR = 0,78 IC95% 0,65-0,95). Assim, conclui-se que as mulheres negras, mesmo quando contrastadas com brancas e outras minorias de características sociodemográficas semelhantes, ainda sofrem com a dificuldade de acesso aos serviços de saúde materna, podendo-se inferir que a questão raça/ cor da pele é per si um determinante importante na obtenção de cuidados obstétricos, sendo necessário a elaboração de políticas públicas direcionadas a esta população e que ampliem o seu acesso aos serviços de saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2305247 - ISABELLE RIBEIRO BARBOSA MIRABAL
Interno - 997.635.241-72 - ARTHUR DE ALMEIDA MEDEIROS - UFRN
Externa à Instituição - ROSANGELA DINIZ CAVALCANTE - UERN
Notícia cadastrada em: 11/09/2020 19:35
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