Banca de DEFESA: MARIANNY NAYARA PAIVA DANTAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANNY NAYARA PAIVA DANTAS
DATA : 12/04/2019
HORA: 09:00
LOCAL: DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
TÍTULO:

INIQUIDADES NOS SERVIÇOS DE SAÚDE BRASILEIROS: UMA ANÁLISE DO ACESSO E DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL A PARTIR DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE (PNS), 2013.


PALAVRAS-CHAVES:

Racismo; Discriminação por raça/cor; Dificuldade de acesso a serviços de saúde; Disparidades em assistência à saúde; Prestadores de cuidados de saúde; Serviços de Saúde; Fatores socioeconômicos; População negra.


PÁGINAS: 71
RESUMO:

A população negra é identificada em diversos estudos como vulnerável por estar em condição de desvantagem nos aspectos socioeconômicos, perfil de morbimortalidade e acesso a serviços de saúde. A incapacidade das instituições, estruturas e organizações da sociedade para atender de forma equânime a esta população pode ser evidenciada tanto na dificuldade de acesso aos serviços de saúde como através da prática da discriminação racial perpetrada pelos profissionais que compõe estes serviços. Este estudo objetiva analisar a dificuldade de acesso e a discriminação por raça/cor nos serviços de saúde brasileiros, considerando os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013.Trata-se de um estudo transversal a partir dos dados PNS, 2013, com 60.202 pessoas acima de 18 anos. Foram utilizadas questões do inquérito sobre a obtenção de atendimento, a não procura dos serviços de saúde e sobre a discriminação praticada por prestadores de cuidados de saúde. Realizamos análise das prevalências da dificuldade de acesso e discriminação por raça/cor praticada por prestadores de cuidados de saúde em relação às características socioeconômicas e condições de saúde da população estudada; análise bivariada com obtenção das Razões de Prevalência (RP), Intervalos de Confiança de 95% (IC95%) e valores de p (p<0,05); e modelo multivariado por meio da Regressão de Poisson, com teste de Wald para estimação robusta, para variáveis significativas na análise bivariada (valor de p<0,2). A dificuldade de acesso foi encontrada para 18,11% (IC 95%16,88-19,41) dos indivíduos e associada a cor da pele negra, residir na região centro-oeste, na zona rural, ser fumante, ter autoavaliação de saúde ruim/muito ruim e não ter plano de saúde privado. A prevalência da discriminação por raça/cor praticada por prestadores de cuidados de saúde foi de 1,45% (IC95%1,29-1,62) e esteve associada ser negro, ter idade entre 25-39 anos, ser fumante, possuir quatro morbidades, ter autoavaliação de saúde ruim/ muito ruim, ser usuário do serviço público de saúde e residir na zona urbana do país. Constatamos que a discriminação racial e a dificuldade de acesso a serviços de saúde brasileiros atingem majoritariamente a população negra. Observamos a legitimação do racismo institucional por meio dos serviços de saúde brasileiros, com destaque SUS, que se propõe universal, inclusivo e integral. Reforçamos a necessidade do fortalecimento das políticas de saúde com vistas a transformação desse panorama.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2305247 - ISABELLE RIBEIRO BARBOSA MIRABAL
Externa ao Programa - 2612129 - MERCES DE FATIMA DOS SANTOS SILVA
Externa à Instituição - ANA CLAUDIA RODRIGUES DA SILVA
Notícia cadastrada em: 01/04/2019 10:36
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