Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIANNY NAYARA PAIVA DANTAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANNY NAYARA PAIVA DANTAS
DATA : 02/10/2018
HORA: 09:00
LOCAL: DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
TÍTULO:

INIQUIDADES NOS SERVIÇOS DE SAÚDE BRASILEIROS: UMA ANÁLISE DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL E DO ACESSO A PARTIR DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE (PNS), 2013.


PALAVRAS-CHAVES:

Iniquidades no acesso aos serviços de saúde; Discriminação racial; Racismo estrutural; Grupos étnicos; População Negra; Inquéritos; Brasil.


PÁGINAS: 72
RESUMO:

A população negra é identificada por diversos estudos como população vulnerável por estar em condição de desvantagem nos aspectos socioeconômicos, perfil de morbimortalidade e acesso e serviços de saúde. A incapacidade das instituições, estruturas e organizações da sociedade para atender de forma equânime a esta população pode ser evidenciada na dificuldade de acesso aos serviços de saúde como através da prática da discriminação racial perpetrada pelos profissionais que compõe estes serviços. Este estudo objetiva analisar a discriminação e acesso aos serviços de saúde pela população negra no Brasil, a partir dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. Trata-se de um estudo transversal que utilizou os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) – 2013. Foram utilizadas as a seguintes questões do inquérito: “O(A) sr(a) já se sentiu discriminado (a) ou tratado(a) pior do que as outras pessoas no serviço de saúde, por algum médico ou outro profissional de saúde?”, selecionamos os que responderam “sim” para a discriminação racial; e “J17. Nessa primeira vez que procurou atendimento de saúde, nas duas últimas semanas, o sr(a) foi atendido(a)?” e “J36 Nas duas últimas semanas, por que motivo o sr(a) não procurou serviço de saúde?”, foram selecionados os participantes que responderam “não” a primeira questão e tiveram como resposta para a segunda questão “não tinha dinheiro”, “o local era distante ou de difícil acesso”, “horário incompatível”, “o atendimento é muito demorado”, “o estabelecimento não possuía especialista compatível com suas necessidades”, “achou que não tinha direito”, “não gostava dos profissionais do estabelecimento”, “greve nos serviços de saúde” e “dificuldade de transporte”. Foi realizada análise descritiva das variáveis, análise bivariada da discriminação e acesso com características socioeconômicas, e a análise multivariada por meio da regressão de Poisson, com teste de Wald para estimação robusta, considerando o Intervalo de confiança de 95%. A prevalência da discriminação racial foi maior entre pessoas negras, com idade entre 25- 39, que são fumantes, que possuem quatro ou mais morbidades, avaliam sua saúde como ruim ou muito ruim, são usuários do serviço público de saúde, residem na zona urbana. A dificuldade de acesso aos serviços de saúde está concentrada em regiões específicas do país, especialmente nas zonas rurais, vitimando a população negra (preta ou parda), que faz uso do SUS e possui uma avaliação ruim da sua saúde, mesmo não possuindo morbidades. Constatamos que a discriminação racial e a dificuldade de acesso a serviços de saúde brasileiros atingem majoritariamente a população negra. Observamos a legitimação do racismo institucional por meio dos serviços de saúde brasileiros, com destaque ao Sistema Único de Saúde (SUS), que se propõe universal, inclusivo e integral. Reforçamos a necessidade do fortalecimento das políticas de saúde com vistas a transformação desse panorama.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2305247 - ISABELLE RIBEIRO BARBOSA MIRABAL
Interno - 1149540 - ANGELO GIUSEPPE RONCALLI DA COSTA OLIVEIRA
Externo ao Programa - 2612129 - MERCES DE FATIMA DOS SANTOS SILVA
Notícia cadastrada em: 04/09/2018 11:06
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