EFEITOS DAS TERAPIAS PARA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR SOBRE A POSTURA CRANIOCEVICAL
disfunção temporomandibular, desordem temporomandibular. síndrome da disfunção temporomandibular, postura
O objetivo do presente estudo foi avaliar se as terapias de placa oclusal, fisioterapia e aconselhamento, empregadas para o tratamento da disfunção temporomandibular (DTM), alteram a postura craniocervical e quadro de dor. Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado cego, onde foram incluídos sujeitos previamente diagnosticados com DTM por meio do RDC/TMD (Research diagnostic criteria for temporomandibular disorders). Os pacientes foram sorteados entre quatro grupos de tratamento: placa oclusal (PO, n=17), fisioterapia (F, n= 19), aconselhamento (AC, n=15) e placa associada ao aconselhamento (PAC, n= 14), totalizando 65 indivíduos. Para a análise postural, uma teleradiografia foi realizada no baseline e após 1 mês da aplicação da terapia a fim de observar a distância occipto-atlas (DOA), a relação craniocervical (ACR) e o posicionamento do osso hioide (TH). Os traçados foram realizados nas imagens utilizando-se o Software CorelDraw X6 (2012 Corel Corporation, Canadá). Para análise da variável dor a escala visual analógica foi aplicada antes e 1 mês após as terapias. Os dados obtidos foram submetidos a diversos testes T pareado (α=5%) e para a variável dor o teste SPANOVA foi aplicado. Com exceção do grupo PAC na variável ACr (p=0,003), os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente significativa para as variáveis analisadas quanto as diferentes terapias ao longo do tempo. Porém pode-se observar que todos os grupos de tratamento possibilitaram uma redução do quadro de dor dos pacientes (p=0.013) ao longo do tempo. Conclui-se que as terapias aplicadas pouco influenciam na postura craniocervical, mas são eficazes para o alivio da sintomatologia dolorosa.