Banca de QUALIFICAÇÃO: CAMILA DAYZE PEREIRA SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAMILA DAYZE PEREIRA SANTOS
DATA : 26/06/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 2 - Departamento de Nutrição - UFRN
TÍTULO:

Distribuição temporal da Mortalidade Infantil em uma capital do Nordeste do Brasil, 2006-2013: reflexões sobre a qualidade da assistência na atenção primária à saúde.


PALAVRAS-CHAVES:

Mortalidade Infantil; Causas de morte; Atenção Primária à Saúde; Qualidade da assistência à saúde.


PÁGINAS: 54
RESUMO:

O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição temporal da ocorrência de óbitos infantis, os fatores biossociodemográficos relacionados à mortalidade infantil, e a qualidade da assistência na Atenção Primária à Saúde, em uma capital do Nordeste do Brasil, entre os anos de 2006 a 2013, antes e após o Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil no Nordeste e Amazônia Legal (PMRI). Trata-se de um estudo transversal, de série histórica, sendo analisados 1.167 óbitos infantis, obtidos do Sistema de Informações de Mortalidade. Classificou-se a causa básica do óbito e a evitabilidade por meio da Classificação Internacional de Doenças. Calculou-se os coeficientes de mortalidade infantil (CMI), neonatal e pós-neonatal para cada ano do período avaliado e utilizou-se o método joinpoint (ponto de inflexão) para calcular a Variação Percentual Anual (APC) dos três coeficientes. Foram analisadas as seguintes variáveis biossociodemográficas: sexo, escolaridade, tipo de gestação, tipo de parto, quantidade de filhos, tipo de hospital e peso ao nascer.  Para avaliar a associação destas variáveis e a ocorrência de óbito infantil no período neonatal e pós-neonatal, foi calculada a razão de prevalência (RP) e o intervalo de confiança de 95%. Para avaliar a qualidade da assistência na atenção básica foram utilizados dados do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), referentes ao ano de 2013, no qual foi avaliada a oferta das ações de promoção da saúde da gestante e da criança a partir dos indicadores das equipes de atenção básica do município. O CMI reduziu -10,85% (IC95% -12,9 a -8,8) com maior redução no componente neonatal -12,6% (IC95% -15,6 a -9,5) e redução menos expressiva no componente pós-neonatal -6,2% (IC95% -7,7 a -4,6) a cada ano, sendo a principal causa dos óbitos, as afecções originadas no período perinatal. Do total de mortes infantis, mais de 60% foram consideradas evitáveis. Das variáveis biossociodemográficas analisadas, apenas a quantidade de filhos vivos apresentou associação, evidenciando que as crianças de mães que possuíam nenhum filho vivo tinham maior risco de morte tanto no período de 2006 a 2009 (RP=1,33; IC 95%1,20-1,47) quanto de 2010 a 2013 (RP= 2,9; IC 95% 1,13-1,51). O muito baixo peso ao nascer foi associado ao risco de morte por causa evitável no período neonatal nos dois períodos analisados (RP= 1,23; IC 95%1,09-1,40) e (RP= 1,53; IC 95%1,20-1,93). Em relação a qualidade da assistência pré-natal observou-se alguns indicadores que podem influenciar negativamente na taxa de mortalidade infantil: contra referência da maternidade (7,4%); existência de um sistema que alerta para a data provável do parto (10,2%); consulta em horário especial qualquer dia da semana (34,7%) e a captação precoce de gestantes e intercorrências na gestação (45,3%). Conclui-se que houve queda significativa na mortalidade infantil no período analisado após o PMRI com maior diminuição do componente neonatal, porém não se observou igual redução na mortalidade pós-neonatal. Ainda existe elevada ocorrência de morte por causas evitáveis e falhas na assistência na atenção básica observadas pela baixa oferta de alguns indicadores de saúde materno-infantil pactuados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2149611 - CLELIA DE OLIVEIRA LYRA
Interno - 3926907 - DYEGO LEANDRO BEZERRA DE SOUZA
Interno - 1879353 - FABIA BARBOSA DE ANDRADE
Notícia cadastrada em: 20/06/2018 09:54
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