Banca de DEFESA: TAMIRES CARNEIRO DE OLIVEIRA MENDES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TAMIRES CARNEIRO DE OLIVEIRA MENDES
DATA : 27/03/2018
HORA: 13:00
LOCAL: Departamento de Odontologia da UFRN
TÍTULO:

PERFIS DA MORTALIDADE DE IDOSOS NO NORDESTE: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE TRÊS FAIXAS ETÁRIAS E SEUS FATORES CONTEXTUAIS RELACIONADOS


PALAVRAS-CHAVES:

Idoso. Mortalidade. Causas de morte. Sistemas de Informação.
Desigualdades em Saúde. Fatores socioeconômicos.


PÁGINAS: 160
RESUMO:

A população idosa cresce aceleradamente e revela uma variabilidade de características que
se refletem em diferentes níveis de saúde. Para que as políticas públicas atendam de forma
eficaz às novas demandas, faz-se essencial conhecer a real situação de saúde, sendo as
estatísticas de mortalidade um importante instrumento para a produção de bases objetivas
para tal. Nesse sentido, o presente estudo, do tipo ecológico, propõe-se a analisar o perfil da
mortalidade de idosos nos municípios da região Nordeste no período de 2001 a 2015, bem
como identificar os fatores socioeconômicos contextuais relacionados. A população idosa foi
analisada sob a perspectiva da sua heterogeneidade, dividindo-a em: 60 a 69 anos (idosos
mais jovens ou sexagenários), 70 a 79 anos (septuagenários) e 80 anos ou mais de idade
(longevos). A partir de dados oriundos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)
e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), as causas de óbito, segundo
capítulo CID-10, foram medidas por meio da Mortalidade Proporcional (MP) para a análise
descritiva da região Nordeste como um todo e através do Coeficiente de Mortalidade
Específico por Idade (CMId) para o delineamento dos perfis da mortalidade dos municípios.
Dados do IBGE, Programa das Nações Unidas (PNUD) e Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA) foram resumidos pela Análise de Componentes Principais para todo o
contexto brasileiro e, em seguida, nos municípios nordestinos. Os grupos (clusters) de
municípios com perfis da mortalidade similares foram definidos por meio da Análise de
Conglomerados não Hierárquicos do tipo K-means, sendo comparados entre si e com os
índices socioeconômicos através dos testes t de Student, Mann-Whitiney, ANOVA ou
Kruskal-Wallis, em função do número de grupos e da distribuição dos dados, ao nível de
significância de 5%. Ademais, realizou-se a distribuição espacial exploratória dos achados.
No período investigado, foram registrados 2.461.383 óbitos em idosos no Nordeste, sendo
44,2% destes correspondentes aos longevos, 31,4% aos septuagenários e 24,4% aos
sexagenários. A maior parte dos óbitos ocorreu no ambiente hospitalar (55,5%), entre
indivíduos do sexo masculino (50.8%), de raça/cor parda (49,0%), casados (37,1%) e sem
nenhum ano de estudo (34,5%). Quanto às causas de morte, as doenças cardiovasculares
detêm a maior carga de óbitos (35,8%), seguida das causas mal definidas (15,4%) e das
neoplasias (13,1%). Na Análise de Conglomerados, formaram-se cinco clusters para o
segmento de sexagenários (Alta carga de neoplasias, Alta carga de causas mal definidas,
Baixa cobertura, Perfil intermediário e Alta mortalidade e bom registro), três para os
septuagenários (Maior qualidade de informações, Baixa cobertura e causas mal definidas e
Perfil de baixa cobertura) e dois clusters para os longevos (Doenças cardiovasculares e causas
mal definidas e Baixa cobertura e causas mal definidas). Foram construídos os Índices de
Privação e de Ruralidade para os municípios do Brasil e, na aplicação da análise no Nordeste,
o primeiro se dividiu em dois componentes (Contexto socioeconômico favorável e Pouca
escolaridade e dependência do Estado) e o segundo foi adaptado como Urbanização e seus
reflexos, sendo este o fator mais importante para a discriminação dos municípios nordestinos.
A análise bivariada evidenciou que níveis satisfatórios dos determinantes socioeconômicos
contextuais estão relacionados a padrões de mortalidade mais próximos das características
modernas de transição epidemiológica, além de maior qualidade do SIM, sendo tal influência
maior nos idosos mais jovens. Depreende-se que os municípios identificados nos clusters com
perfis sanitários mais desfavoráveis devem ser priorizados no planejamento em Saúde,
considerando-se o contexto socioeconômico para a redução das iniquidades em saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DALIA ELENA ROMERO MONTILLA - Fiocruz - RJ
Interno - 2305247 - ISABELLE RIBEIRO BARBOSA
Presidente - 277398 - KENIO COSTA DE LIMA
Externo à Instituição - MARIA DO CARMO EULÁLIO - UEPB
Externo ao Programa - 2330137 - VILANI MEDEIROS DE ARAUJO NUNES
Notícia cadastrada em: 13/03/2018 06:52
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