Banca de QUALIFICAÇÃO: SILVIA YASMIN LUSTOSA COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SILVIA YASMIN LUSTOSA COSTA
DATA : 18/11/2019
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de Reuniões do Departamento de Ecologia do Centro de Biociências
TÍTULO:

Taxonomia integrativa dos cascudos do gênero Hypostomus Lacépède, 1803 (Siluriformes: Loricariidae), no Nordeste do Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Hypostominae, COI, morfologia, Maranhão-Piauí, Caatinga.


PÁGINAS: 108
RESUMO:

A região Neotropical possui a maior diversidade de peixes de água doce do mundo, e grande parte dessa composição ictiofaunística se encontra nas bacias hidrográficas brasileiras. O Nordeste do Brasil é caracterizado pelo bioma Caatinga em sua extensão máxima e foi dividido em quatro ecorregiões hidrográficas: São Francisco (SFR), Caatinga Centro-Nordeste (MNCE), Mata Atlântica Nordeste (NAFE) e Maranhão-Piauí (MAPE). Pesquisas realizadas nessas bacias enfatizam a relevância dos estudos taxonômicos de peixes de água doce nas ecorregiões Maranhão-Piauí e Caatinga Centro-Nordeste desde que uma das primeiras pesquisas taxonômicas foi realizada nessas áreas em 1941, por Henry W. Fowler. A ordem de Siluriformes, atualmente com 3846 espécies, compreende o gênero Hypostomus Lacépède, 1803, o mais rico da família Loricariidae e um dos mais amplamente distribuídos em toda a região Neotropical. Para duas das ecorregiões mencionadas acima (MNCE e MAPE), são conhecidas nove espécies nominais de Hypostomus: H. pusarum (Starks, 1913), H. jaguribensis (Fowler, 1915), H. carvalhoi (Miranda Ribeiro, 1937), H. nudiventris (Fowler, 1941), H. salgadae (Fowler, 1941), H. papariae (Fowler, 1941) e H. sertanejo (Zawadzki, Ramos & Sabaj, 2017) para o MNCE, e H. johnii (Steindachner, 1877) e H. vaillanti (Steindachner, 1877) para o MAPE. No entanto, as espécies descritas no século XX têm descrições originais sucintas e são diagnosticadas com base em poucos caracteres morfológicos externos. Algumas análises moleculares preliminares indicam baixa divergência entre as linhagens, sugerindo que algumas dessas espécies são sinônimos de H. pusarum. Nosso objetivo foi realizar uma revisão taxonômica das espécies de Hypostomus nas ecorregiões MNCE e MAPE. A análise integrativa baseada na morfologia e no DNA Barcode indicou que H. jaguribensis, H. carvalhoi, H. nudiventris, H. salgadae e H. papariae são sinônimos junior de Hypostomus pusarum, expandimos a distribuição geográfica da espécie para a ecorregião do Maranhão-Piauí, e confirmamos sua ocorrência na ecorregião do São Francisco, essas análises também revelaram uma nova espécie da ecorregião MAPE com o mesmo padrão de colorido de H. pusarum, aqui descrita. Após investigar a riqueza de espécies no MAPE, descrevemos uma segunda espécie que encontra-se em sintopia com H. johnii, e difere da mesma, pela característica apomórfica do tórax e abdômen sem placas, vs o abdômen plaqueado em H. johnii, além disso, com base na taxonomia integrativa, delimitamos a distribuição de espécies do gênero no MAPE, e concluímos que a ecorregião possui um total de cinco espécies de Hypostomus e outra possível espécie nova. Nossos resultados indicam que a riqueza de espécies do gênero na MNCE são superestimadas, enquanto no MAPE ainda é subestimado. Com base em uma filogenia do gene mitocondrial ATPase, nosso último objetivo tem como foco elucidar questões acerca de como as espécies do gênero Hypostomus chegaram ao rio Parnaíba, investigando quais processos vicariantes levaram a essa alta diversidade do gênero na ecorregião e quais possíveis relações pretéritas entre o rio Parnaíba e o rio São Francisco.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1865104 - SERGIO MAIA QUEIROZ LIMA
Externa à Instituição - ANGELA MARIA ZANATA - UFBA
Externo à Instituição - PEDRO HOLLANDA CARVALHO - UFRJ

Notícia cadastrada em: 11/11/2019 14:44
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