Banca de QUALIFICAÇÃO: THAIS FERREIRA PINTO DE ARAÚJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THAIS FERREIRA PINTO DE ARAÚJO
DATA : 19/11/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reuniões do DECOL
TÍTULO:

Da ginga à sardinha: etnoictiologia e delimitação de espécies de pequenos peixes comerciais da costa brasileira


PALAVRAS-CHAVES:

Recursos pesqueiros, Clupeidae, Etnozoologia, Espécies culturalmente importantes, DNA mitocondrial


PÁGINAS: 50
RESUMO:

A avaliação de estoques pesqueiros para o manejo sustentável e medidas conservacionistas são feitas através da estatística pesqueira, que demanda dados confiáveis e é, na maioria dos casos, baseada em nomes populares. Entretanto, dados básicos como taxonomia, nomes populares, distribuição geográfica e delimitação de estoques, por exemplo, muitas vezes não existem comprometendo o manejo pesqueiro. Assim, esse projeto une etnotaxonomia e análises filogeográficas de dois táxons de clupeídeos Opisthonema oglinum e Harengula spp. com o objetivo de identificar seus nomes populares, investigar a sistemática molecular e padrões filogeográficos no intuito de delimitar estoques pesqueiros na costa brasileira. No primeiro capítulo, descrevo a percepção dos pescadores e dos consumidores locais do que é “ginga”, que são peixes peque-nos peixes costeiros e que compõem o prato típico “ginga com tapioca”, patrimônio imaterial do Estado do Rio Grande do Norte. Através de entrevistas e obtenção de espécimes em feiras ou mercados de peixe de seis localidades em três estados do nordeste brasileiro, verifiquei que “ginga” consiste em indivíduos juvenis de várias espécies de sardinhas e arenques, e que a única diferença entre “ginga” e sardinha é o tamanho, sendo “ginga” peixes menores e sardinha os maiores. O termo é basicamente restrito à região metropolitana de Natal. Além disso, a “ginga” é considerada uma “espécie culturalmente importante” e, consequentemente, deve ser considerada entre as espécie-alvo para conservação e manejo local. No segundo capítulo, comparo os padrões filogeográficos de O. oglinum e Harengula spp. ao longo de suas distribuições no Atlântico Oeste usando marcadores mitocondriais. Ademais, tendo em vista que a taxonomia das duas espécies de Harengula que ocorrem no Brasil é confusa, investigo, usando dados moleculares, se há realmente duas espécies no litoral brasileiro e no arquipélago oceânico de Fernando de Noronha. Até o momento, os resultados apresentam O. oglinum como sendo uma única espécie sem estruturação populacional em todo o Atlântico Leste e Harengula como sendo duas espécies, uma na América do Norte e Caribe e outra no Brasil. Com esses resultados preliminares é possível observar que, apesar da biologia similar, O. oglinum e Harengula spp. não apresentam o mesmo padrão filogeográfico e devem ser manejadas de maneira distinta.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1803589 - ADRIANA ROSA CARVALHO
Externo à Instituição - ANDERSON VILASBOAS DE VASCONCELLOS
Presidente - 1865104 - SERGIO MAIA QUEIROZ LIMA

Notícia cadastrada em: 29/10/2019 15:44
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