Banca de DEFESA: BRAYAN PAIVA CAVALCANTE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRAYAN PAIVA CAVALCANTE
DATA : 26/02/2018
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de reuniões do Centro de Biociências
TÍTULO:

Biologia reprodutiva, polinização e barreiras reprodutivas em duas Bromeliaceae da Mata Atlântica no Rio Grande do Norte


PALAVRAS-CHAVES:

Barreiras pós-polinização; Bromelioideae; Fenologia da floração; Hohenbergia; Polinização por abelhas; Wittmackia.


PÁGINAS: 86
RESUMO:

Bromeliaceae é um grupo de monocotiledôneas neotropicais com 3543 espécies em 73 gêneros. Reconhecida como um dos mais notórios casos de irradiação adaptativa, apresentam uma variedade grande de características reprodutivas, contudo, diversas bromélias correlacionadas ocorrem em simpatria, e para isto, devem haver fortes barreiras reprodutivas que mantenham essas espécies coesas. Partindo disso, esta dissertação teve como objetivo descrever a biologia reprodutiva de duas bromélias simpátricas na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, de maneira a entender como ocorre a dinâmica reprodutiva e os mecanismos que permitem a coesão de ambas, analisando o fluxo polínico e as barreiras reprodutivas existentes. Este trabalho foi realizado na Floresta Nacional de Nísia Floresta, um fragmento de Mata Atlântica no estado do Rio Grande do Norte, e as espécies amostradas foram Wittmackia patentissima e Hohenbergia ridleyi. No Capítulo I, foram abordados os processos envolvendo a biologia reprodutiva, a ecologia da polinização e a fenologia floral de Wittmackia patentissima e Hohenbergia ridleyi, buscando descrever seus processos reprodutivos, bem como possíveis barreiras pré-polinização e o fluxo polínico entre ambas. Como resultados, constatamos que ambas possuem flores delicadas, aromatizadas, diurnas, disponíveis por 1-2 dias. Além disso, a floração é sincrônica, acontecendo entre agosto e outubro, com vários indivíduos se sobrepondo e prolongando a estação reprodutiva. Os principais visitantes florais são as abelhas, mas podem ser vistos outros himenópteros, lepidópteros, coleópteros e dípteros, sendo que todos utilizam o néctar floral como recurso. Basicamente todas as características florais são compartilhadas, não sendo identificado nenhum tipo de barreira reprodutiva do tipo pré-polinização entre as duas. No Capítulo II, foram descritos os sistemas reprodutivos deste par de espécie, de maneira a entender como ocorre a dinâmica de polinização e quais os mecanismos que possibilitam a frutificação. Além disso, foram realizados testes de hibridação entre estas espécies, analisando o crescimento do tubo polínico ao longo do gineceu, para observar se existem barreiras pós-polinização que evitem a formação de híbridos naturais. Como resultado, notou-se que ambas são altamente autocompatíveis, e que existe deposição espontânea de pólen ainda na fase de botão, e isso pode maximizar o sucesso reprodutivo da planta genitora. Nos testes de hibridação foi possível observar que os grãos de pólen germinaram e cresceram até o 1/3 superior do estilete em todos os tratamentos em ambas as espécies. Não houve diferença no desenvolvimento polínico nos tratamentos de autogamia e polinização cruzada para nenhuma das duas espécies, entretanto, foi possível observar anormalidades a partir do 2/3 do estilete nos testes de hibridação. Neste ponto, foi possível observar a deposição irregular de calose ao longo do estilete, bem como a paralização dos tubos polínicos em todos os testes de hibridação, o que indica que existem fortes barreiras pós-polinização que inibem a formação de híbridos naturais.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CHRISTIANO PERES COELHO - UFG
Externo à Instituição - GLORIA MATALLANA TOBÓN - UFES
Presidente - 1755074 - LEONARDO DE MELO VERSIEUX

Notícia cadastrada em: 16/02/2018 17:10
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