Banca de QUALIFICAÇÃO: MIRIAM MOURA VITAL

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MIRIAM MOURA VITAL
DATA : 22/05/2023
HORA: 09:00
LOCAL: UFRN remoto
TÍTULO:

A MARÉ DE CONFLITOS NA COMUNIDADE TRADICIONAL PESQUEIRA DE ENXU QUEIMADO: O território em disputa e a resistência do movimento socioterritorial  "Comitê Gestor em Defesa do Território Pesqueiro".


PALAVRAS-CHAVES:

conflitos socioterritoriais; resistência; território; comunidade tradicional pesqueira; movimentos socioterritoriais.


PÁGINAS: 85
RESUMO:

A comunidade tradicional pesqueira de Enxu Queimado, localizada no município de Pedra Grande, no Rio Grande do Norte-RN, desde meados de 2007, vem passando por conflitos socioterritoriais que expõem tentativas de avanço de empresas privadas do ramo imobiliário na apropriação do território. Em 2020, aproveitando o contexto da pandemia do COVID-19, essas empresas foram mais agressivas, impondo aos moradores a resistência coletiva. Na tentativa de enfrentamento ao avanço do capital, alguns moradores se organizaram em um comitê, buscando articular parcerias para frear judicialmente as tentativas de desterritorialização da comunidade. Como a comunidade tradicional pesqueira de Enxu Queimado tem se organizado para resistir ao processo iminente de desterritorialização que vem sofrendo pelas empresas capitalistas, desde meados de 2007?Buscando responder essas questões, a presente pesquisa tem como objetivo analisar as ações desse grupo caracterizado aqui como um movimento socioterritorial (FERNANDES, 2005)- que, no decorrer do tempo, se autodenominou “Comitê Gestor em Defesa do Território Pesqueiro" para organização e manutenção do território tradicional de pesca de Enxu Queimado/RN. Entende-se que esses sujeitos têm o território como trunfo essencial para sua existência, uma vez que as ações só existem porque a comunidade reivindica o território. Autores como Raffestin (1993); Milton Santos (1996); Fernandes (2005; 2006; 2007; 2008; 2009; 2014; 2021), Pedon (2003; 2009), Haesbaert (2014), Sobreiro Filho (2013; 2017; 2021); Diegues, (2000, 2004; 2018) De Paula (2013; 2018; 2020) constituem as referências de base dos estudos sobre território, conflito, conflitualidades, comunidades tradicionais pesqueira e movimentos socioterritoriais, utilizadas neste trabalho. O desenho metodológico da pesquisa tem caráter qualitativo, ancorado na análise de conteúdo das matérias, referente às notícias em jornais, sites, ou blogs de notícias, assim como as notícias do Banco de Dados da Rede DATALUTA. Complementa-se a pesquisa com as entrevistas semiestruturadas realizadas com os participantes do movimento, com representantes da colônia de pescadores (Z-32), parceiros identificados durante a pesquisa e com o poder público local.  Serão levadas em consideração as narrativas do movimento e de demais sujeitos envolvidos no conflito a fim de compreender esse processo.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1715135 - JOANA TEREZA VAZ DE MOURA
Interna - 3180158 - WINIFRED KNOX
Externa ao Programa - 1219932 - FRANCISCA DE SOUZA MILLER - UFRNExterno à Instituição - JOSÉ SOBREIRO FILHO - UnB
Notícia cadastrada em: 17/04/2023 15:33
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