Banca de QUALIFICAÇÃO: ALINE DA COSTA BOMFIM VENTURA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALINE DA COSTA BOMFIM VENTURA
DATA : 24/09/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Vídeo Conferência
TÍTULO:

CONFLITOS DE USO E OCUPAÇÃO DA ZONA COSTEIRA E RELAÇÃO COM A CONSERVAÇÃO DAS TARTARUGAS MARINHAS NA REGIÃO DA BACIA POTIGUAR, BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

conservação; encalhe; interação antrópica; desova; sucesso de eclosão.


PÁGINAS: 109
RESUMO:

O Brasil possui uma zona costeira que está ameaçada por atividades econômicas e acelerado processo de urbanização, resultando em desequilíbrio do ecossistema e diminuição da qualidade socioambiental. As atividades socioeconômicas existentes na Bacia Potiguar, Nordeste do Brasil, representam riscos às espécies de tartarugas marinhas que ocorrem na região. Foram analisados dados coletados de encalhes e ninhos de tartarugas marinhas entre 2010 e 2019 durante Projeto de Monitoramento de Praias no Nordeste do Brasil para avaliar os potenciais impactos das atividades antrópicas sobre as tartarugas marinhas, bem como a ecologia de nidificação desses animais. Os sinais de interação antrópica foram classificados em 12 categorias (oito relacionadas a atividade pesqueira). Foram analisados 6.007 encalhes, incluindo quatro espécies de tartarugas marinhas, e evidências de interação antrópica foram observadas em 12,88% (n = 774) dos encalhes. Chelonia mydas representou 94,05% (728/774) do total de registros com interação antrópica, e encalhes relacionados à pesca representaram 81,65% (632/774). Indivíduos jovens foram mais afetados do que adultos, da mesma forma fêmeas foram mais afetadas do que machos. Icapuí/CE e Areia Branca/RN, municípios bastante populosos, apresentaram maiores registros de encalhes com indícios de interação antrópica. Nossas análises revelaram que encalhes com interações antrópicas relacionadas à pesca ocorreram ao longo do ano, entretanto um maior número de registros ocorreu na estação seca e na temporada da pesca da lagosta. Os municípios de Macau/RN e Guamaré/RN foram as áreas prioritárias de reprodução das tartarugas marinhas, com maior número de ninhos registrados (60,70% e 20,82%, respectivamente). A época de nidificação para E. imbricata ocorreu entre dezembro e maio e para L. olivacea de março a agosto. Tartarugas-de-pente apresentaram maior tamanho das ninhadas, tempo de incubação, número de ovos não eclodidos e número de filhotes mortos quando comparado com tartarugas-oliva; no entanto, apresentaram menor sucesso de eclosão. Precipitação entre 0 e 22 mm e umidade relativa (UR) maior que 69% aumentaram a taxa de sucesso de eclosão para E. imbricata; entretanto, chuvas acima de 11 mm e UR 64% tiveram o mesmo efeito para L. olivacea. Existe influência antrópica sobre os níveis de postura reprodutiva das fêmeas e sobre os filhotes e ninhos desses animais; construções, luminosidade, atividade pesqueira, predação humana e resíduos sólidos foram os principais indicadores de impactos encontrados na área. Os resultados dessa pesquisa fornecem subsídios para a implementação de medidas de mitigação e adoção de políticas públicas para minimização dos impactos sobre as tartarugas marinhas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2380571 - CIBELE SOARES PONTES
Externo à Instituição - FLAVIO JOSE DE LIMA SILVA - UERN
Interno - 707.819.324-59 - JULIO ALEJANDRO NAVONI - UFRN
Externa à Instituição - SILMARA ROSSI

Notícia cadastrada em: 13/10/2021 10:10
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