ANÁLISE DA ATIVIDADE ELETROFISIOLÓGICA CÓRTICO-HIPOCAMPAL DURANTE O STATUS EPILEPTICUS E O PERÍODO “SILENCIOSO” EM MODELOS ANIMAIS DE EPILEPSIA INDUZIDOS POR PILOCARPINA E ÁCIDO CAÍNICO INTRAHIPOCAMPAL
Epilepsia do Lobo Temporal, Status Epilepticus, Pilocarpina, Ácido Caínico, Eletrofisiologia, Hipocampo, Córtex préfrontal.
A epilepsia do lobo temporal (ELT) é o tipo de epilepsia mais comum em adultos e com mais alta incidência de comorbidades psiquiátricas. Comumente está associada a insultos traumáticos encefálicos precoces que levam a disfunções eletrofisiológicas em regiões mesiotemporais como a amígdala, formação hipocampal e córtex entorrinal (Engel, 2001). A compreensão dos mecanimos de ictiogênese e epileptogênese tem sido significantemente expandida devido aos estudos em modelos animais. Dentre os modelos mais utilizados estão aqueles que reproduzem o quadro epiléptico no animal através da indução de um insulto convulsivante prolongado, chamado de status epilepticus (SE), por administração sistêmica de quimio-convulsivantes como ácido caínico e pilocarpina (BenAri & Lagowska, 1979; Turski et al., 1983). Entretanto, um dos problemas apresentados por estes modelos é sua grande variabilidade comportamental e de danos celulares, assim como sua alta mortalidade. Possíveis causas destes efeitos são (1) a administração sistêmica das drogas, (2) o bloqueio insuficiente do SE e (3) a ausência de monitoramento eletrofisiológico durante o SE e dias subsequentes de forma a controlar a variabilidade de resposta dos animais. Portanto, nosso projeto de estudo teve como objetivo comparar os modelos de pilocarpina e ácido caínico com as seguintes alterações: injeção intrahipocampal das drogas, uso de um coquetel anticonvulsivante (CAC) mais potente e monitoramento eletrofisiológico durante o SE. Este trabalho também prentendeu avaliar a dinâmica da epileptogênese nos primeiros dias (3d) pósSE de forma a caracterizar o início do período “silencioso” que precede o aparecimento das crises recorrentes espontâneas.