Banca de QUALIFICAÇÃO: ALICE OLIVEIRA DE ANDRADE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALICE OLIVEIRA DE ANDRADE
DATA : 01/10/2021
HORA: 15:00
LOCAL: UFRN
TÍTULO:

AQUILOMBAMENTO VIRTUAL MIDIÁTICO: UMA PROPOSTA TEÓRICO-METODOLÓGICA PARA O ESTUDO DAS MÍDIAS NEGRAS 

 


PALAVRAS-CHAVES:

Estudos da Mídia. Práticas Sociais. Aquilombamento virtual midiático. Mídias negras. Antirracismo.


PÁGINAS: 135
RESUMO:

Neste relatório, apresentamos o esboço preliminar de nossa proposta de tese: o aquilombamento virtual midiático (AVM). Trata-se de um modo de enxergar as mídias negras a partir do viés metodológico, tendo como base teórica a ideia de quilombismo (NASCIMENTO, 2019), de bios virtual (SODRÉ, 2002) e dos quilombos como potência política (NASCIMENTO, 2014). O AVM estende o recorte analítico para as práticas midiáticas exercidas virtualmente por parte do movimento negro, com o objetivo de acolher, quebrar a lógica da história única e disseminar conteúdos direcionados à questão de raça e às suas interseccionalidades. Um olhar metodológico aquilombado percebe que as mídias negras brasileiras encontram nos quilombos e nas revoltas coloniais pré-abolição inspiração para a construção de narrativas de resistência.  Assim, percebem a comunicação e, especificamente, o jornalismo, como caminho para a construção de novas narrativas sobre o povo negro e a contraposição à colonialidade da mídia hegemônica na luta antirracista. Dessa forma, desenvolvemos metodologicamente a articulação entre os métodos da observação não-participante virtual, entrevistas e pesquisa bibliográfica. Por mídias negras entendemos um conjunto de experiências comunicacionais insurgentes que (co)movem pessoas na reescrita de uma outra narrativa sobre o povo negro. Embora pluridiversas, são, muitas vezes, articuladas e possuem características afins que podem ser compreendidas como práticas de jornalismo antirracista. Essas experiências insurgem motivadas pelas lutas contra o racismo estrutural, o sexismo, a história única, a dominação, a hegemonia da mídia corporativa em relação à agenda, a exclusão, a invisibilidade e as injustiças sociais e cognitivas do mundo. Podem ser vistas, portanto, como produções com significativo aspecto decolonial e contra-hegemônico. Como principais referências, contribuem com a construção deste trabalho autoras e autores como Djamila Ribeiro, Sílvio Almeida, Sueli Carneiro, Lélia González, Abdias Nascimento, Conceição Evaristo, Beatriz Nascimento, Achille Mbembe e Rosane Borges.  

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1644432 - MARIA DO SOCORRO FURTADO VELOSO
Interna - 007.943.004-05 - DENISE CARVALHO DOS SANTOS RODRIGUES - UFRN
Interna - 008.716.335-74 - FERNANDA ARIANE SILVA CARRERA - UFRJ
Externo à Instituição - ANA MARIA DA CONCEIÇÃO VELOSO - UFPE
Notícia cadastrada em: 10/09/2021 12:29
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa11-producao.info.ufrn.br.sigaa11-producao