PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de DEFESA: MAÍRA FONTES MANZAN

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAÍRA FONTES MANZAN
DATA: 29/10/2012
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reuniões do CB
TÍTULO:

Etnobiologia do boto-cinza (Sotalia guianensis, van Bénéden, 1864) por comunidades pesqueiras do Rio Grande do Norte, Brasil.


PALAVRAS-CHAVES:

Conhecimento Ecológico Local; Etnoclassificação; Pescadores Artesanais


PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

A etnobiologia estuda o Conhecimento Ecológico Local (Local Ecological Knowledge – LEK) e o uso e gestão de recursos naturais por comunidades locais visando compreender como o ambiente é percebido, conhecido e classificado por grupos humanos. Em comunidades de pescadores artesanais, o LEK agrega informações empíricas a respeito da biologia de espécies aquáticas e pode complementar os achados científicos, especialmente em situações de difícil obtenção de dados, como em estudos sobre os aspectos comportamentais – essencialmente submersos – de cetáceos. Os cetáceos, representados pelas baleias e golfinhos, constantemente são alvo de atividades antrópicas, destacando-se a captura acidental de espécies costeiras de pequeno porte, a exemplo do boto cinza (Sotalia guianensis), objeto deste trabalho. Estudos etnobiológicos em comunidades pesqueiras são de grande importância e possibilitam esclarecer aspectos da biologia e conservação desta espécie. Embora bastante estudado ao longo de sua distribuição, ainda existem diversas lacunas no conhecimento sobre S. guianensis. Nesse sentido, o LEK de pescadores artesanais, torna-se uma ferramenta adicional, podendo confirmar e até acrescentar informações sobre a espécie. Este trabalho avaliou o LEK de pescadores artesanais, expostos diuturnamente a populações residentes de S. guianensis, por meio de 116 entrevistas semi-estruturadas. Os pescadores foram indagados a respeito da biologia e classificação do S. guianensis, além de possíveis interações com a espécie. As comunidades estudadas foram Tibau do Sul (n=39), Pipa (n=36) e Baía Formosa (n=41), todas localizadas no litoral sul do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Pressupôs-se que haveria diferenças entre as comunidades em relação ao LEK dos pescadores, devido tanto à diversidade dos ambientes pesqueiros (lagunar e marinho), quanto ao grau de interferência do turismo. Constatou-se que o conhecimento dos pescadores é relevante e difere conforme a comunidade estudada. Os pescadores entrevistados informaram corretamente características gerais do S. guianensis como aspectos morfológicos, habitat, distribuição, sazonalidade e aspectos comportamentais. Observou-se que houve interferência do turismo sobretudo na designação popular da espécie. Os resultados também sugerem que pescadores de ambiente marinho possuem maior conhecimento sobre a espécie. Evidenciou-se que populações locais acumulam conhecimento de acordo com o ambiente que utilizam, o que torna importante levar em consideração o conhecimento local e a participação popular nos sistemas de manejo de forma a manter o compartilhamento de informações.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1718747 - PRISCILA FABIANA MACEDO LOPES
Externo ao Programa - 2696495 - RENATA GONCALVES FERREIRA
Externo à Instituição - SHIRLEY PACHECO DE SOUZA - IFSP
Notícia cadastrada em: 19/10/2012 10:15
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