Estrutura da comunidade de lagartos da Floresta Nacional de Nísia Floresta: aspectos da coloração e o efeito das características do ambiente sobre as espécies.
Conservação; Ecologia Sensorial; Espectrofotometria; Rio Grande do Norte; Squamata.
A extinção de espécies é um fenômeno que ocorre em todo o mundo. No Brasil, país que abriga grande biodiversidade de fauna e flora, se faz necessário investigar como esses organismos estão dispostos na natureza, de modo a compreender melhor quais ações devem ser tomadas para evitar possíveis danos. Sabendo disso, o projeto buscou compreender, utilizando de dados anteriores de ocorrência, como espécies de lagartos residentes de um fragmento de Mata Atlântica estão dispostos, considerando que a área apresenta três ambientes consideravelmente distintos (restinga, regeneração e floresta), e se esse acontecimento pode estar relacionado com a coloração da luz iluminante, do substrato ou com a sua exibição para outros indivíduos, como predadores ou intraespecíficos. No primeiro capítulo, obtivemos as medidas quantitativas de coloração dos indivíduos coletados, sendo essas o comprimento de onda e a presença de luz ultravioleta em 10 pontos distintos de cada animal e, além disso, classificamos os respectivos ambientes preferíveis de cada uma das espécies coletadas. No segundo capítulo, utilizamos das métricas de coloração dos indivíduos, obtidas no primeiro capítulo, para compará-las com o comprimento de onda e presença de UV do substrato e do iluminante do local em que foram coletados. Ademais, modelamos visualmente a visão de uma ave (predador) e de um intraespecífico, para analisar qual a estratégia adotada por esses lagartos ao estarem naquele devido ambiente.