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Banca de DEFESA: WILDNA FERNANDES DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : WILDNA FERNANDES DO NASCIMENTO
DATA : 24/04/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Híbrido: DOL e on line
TÍTULO:

Resposta dos corais a evento de branqueamento em massa causado por onda de calor


PALAVRAS-CHAVES:

Mudanças climáticas; Estresse térmico; Resistencia; Resiliência de corais


PÁGINAS: 31
RESUMO:

As ondas de calor marinhas estão se tornando mais frequentes e intensas, devido as mudanças climáticas globais, sendo considerada uma das maiores causas de degradação nos recifes. Os recifes de corais do Atlântico Sudoeste experimentaram menos eventos de onda de calor em comparação com o Indo-Pacífico e o Caribe, mas esse cenário mudou na última década, quando a região foi atingida por alguns eventos de branqueamento. Em 2020, o nordeste brasileiro foi afetado por uma das maiores ondas de calor dos últimos anos, causando um branqueamento jamais visto anteriormente na região chegando a 16,86°C-weeks, maior valor desde que se iniciou os registros em 1985. Monitoramos a saúde dos corais de dezembro de 2019 a janeiro de 2021, nos recifes de Rio do Fogo – RN. Nosso objetivo é entender se os impactos causados pela onda de calor variam entre espécies de corais e são influenciados por atributos morfológicos como o tamanho das colônias. Avaliamos a saúde dos corais usando o Coral Watch Coral Health Chart através de foto-quadrados ao longo de 5 transectos. Avaliamos a saúde dos corais pétreos Agaricia agaricites, Favia gravida, Porites astreoides, Siderastrea stellata e dos zoantídeo Palythoa caribaeorum, Palythoa grandiflora, Palythoa variabilis e Zoanthus sociatus. Observamos que os corais pétreos apresentaram um elevado branqueamento quando a onda de calor esteve mais alta (abril e maio) e as espécies P. astreoides e S. stellata conseguiram recuperar a coloração saudável em cerca de dois meses. O contrário foi observado para A. agaricites e F. gravida que apresentaram perdas na cobertura de 100% e 90% respectivamente. No caso dos zoantídeo as espécies se mantiveram estáveis. Observamos que colônias pequenas (< 5cm²) de S. stellata (coral dominante) apresentaram maior sensibilidade ao evento de calor, branqueando antes das colônias maiores. No período em que a onda de calor foi mais severa mais de 85% do número de colônias de todas as classes apresentaram sinal de branqueamento, com o declínio desse valor após a queda do Degree Heating Weeks (DHW). Desse modo, as espécies de corais devem se manter estáveis após eventos de branqueamento, apesar de espécies menos abundantes não se recuperaram, que pode causar a perda de diversidade de corais, ameaçando a fauna de corais que é altamente endêmica nessas áreas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - AMANA GUEDES GARRIDO
Presidente - 2319234 - GUILHERME ORTIGARA LONGO
Externo à Instituição - MIGUEL MIES
Notícia cadastrada em: 30/03/2023 12:03
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