PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA LUISA DE MEDEIROS FALCAO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA LUISA DE MEDEIROS FALCAO
DATA : 02/02/2023
HORA: 13:30
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

ECOLOGIA DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE NA MAIOR FLORESTA SAZONALMENTE SECA DA AMÉRICA DO SUL


PALAVRAS-CHAVES:

Sazonalidade ; Mamíferos ; Caatinga ; Ecologia ; Padrão de atividade ; Abundância ; Composição ; Unidades de Conservação.


PÁGINAS: 31
RESUMO:

A floresta tropical sazonalmente seca brasileira (Caatinga) é um ambiente semiárido marcado pela forte sazonalidade, apresentando um longo período seco e um curto período chuvoso que resultam em alta e baixa disponibilidade de recursos para a fauna, respectivamente. Ela sofre com a carência de pesquisas e com a baixa cobertura de Unidades de Conservação (UCs), que são a principal estratégia utilizada para a persistência da biodiversidade. Os mamíferos de médio a grande porte (MMGP) costumam ser o grupo mais ameaçado por atividades humanas como caça e perda de habitat, e assim são considerados indicadores de integridade biótica do ambiente. O objetivo deste trabalho foi investigar como a sazonalidade influencia na ecologia da comunidade de MMGP do Parque Nacional (Parna) da Furna Feia, nordeste do Brasil, através da caracterização da riqueza, frequência de registros, composição, ocupação simples e padrão de atividade das espécies. Coletamos os dados ao longo das estações chuvosa e seca de 2018, utilizando armadilhas fotográficas em 38 e 40 pontos amostrais, com um esforço de 2267 e 1639 câmeras-dias, respectivamente. Curvas de rarefação, modelos de ocupação, curvas de densidade de atividade foram algumas das análises utilizadas para caracterizar a comunidade e seus padrões sazonais. Obtivemos 485 registros de 11 espécies de MMGP distribuídas em seis ordens e nove famílias, incluindo duas espécies ameaçadas de extinção no Brasil e/ou pela IUCN (Leopardus emiliae e Herpailurus yagouaroundi) e o primeiro registro fotográfico de Dicotyles tajacu de vida livre para o Rio Grande do Norte. Entre as espécies com maior frequência de registros estão Subulo gouazoubira, Euphractus sexcinctus, e Sapajus libidinosus. Enquanto isso, Leopardus pardalis, H. yagouaroundi e D. tajacu foram as menos registradas. Com relação ao padrão de atividade, S. gouazoubira mudou, da chuva para seca, de diurno para noturno. Enquanto as outras espécies analisadas distribuíram estrategicamente seus picos de atividade para evitar os horários mais quentes do dia na seca. A composição das espécies não mudou, porém, a abundância foi maior na chuva do que na seca para boa parte das espécies, menos para D. albiventris, que apresentou a tendência contrária. Este trabalho representa o primeiro levantamento sistemático para uma importante UC da Caatinga, fornecendo  informações relevantes para a gestão da unidade e o monitoramento da comunidade de mamíferos. O parque abriga uma porção relevante da mastofauna da Caatinga, incluindo espécies ameaçadas e frugívoros de grande porte extintos localmente em boa parte do semiárido brasileiro. Os resultados dessa pesquisa permitirão melhorar o entendimento sobre a ecologia animal em ambientes sazonalmente secos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1718346 - EDUARDO MARTINS VENTICINQUE
Interno - 1678202 - CARLOS ROBERTO SORENSEN DUTRA DA FONSECA
Interno - 1439088 - MAURO PICHORIM
Notícia cadastrada em: 31/01/2023 13:58
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