PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: CASSIA FERREIRA DE OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CASSIA FERREIRA DE OLIVEIRA
DATA : 31/05/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

HOTSPOTS EVOLUTIVOS DE MYRTACEAE: UM CAMINHO PARA CONSERVAR A FLORESTA ATLÂNTICA


PALAVRAS-CHAVES:

Biogeografia; Diversidade filogenética; Diversidade de linhagens; Endemismo filogenético; Floresta Atlântica.


PÁGINAS: 43
RESUMO:

A Mata Atlântica é um dos hotspots mundiais de biodiversidade, devido ao elevado endemismo de espécies e alto grau de ameaças e fragmentação. É imprescindível compreendermos os processos ecológicos e evolutivos responsáveis pela formação destes locais com elevada diversidade. Compreender estes processos, permite a ampliação e melhoria do estabelecimento de áreas protegidas que contribuam para a conservação deste hotspot. Myrtaceae se destaca como a família de plantas lenhosas mais diversa da Mata Atlântica, além disso esta família é um excelente grupo modelo para estudos nesse domínio pois seus padrões de riqueza se correlacionam com outros táxons. É uma família importante para a fauna, que a utiliza como recurso, além da importância econômica para alimentação e indústria farmacêutica. Esse trabalho teve dois objetivos: (1) mapear métricas de diversidade evolutiva de Myrtaceae nesse domínio para entender a evolução da flora da Mata Atlântica e (2) usar estas métricas para determinar locais prioritários para conservação deste hotspot. O primeiro objetivo está concluído e o segundo em andamento. Utilizamos dados de estudos florísticos que abrangeram 595 espécies de Myrtaceae, em 1536 localidades, com ampla amostragem do espaço geográfico e robusta representação do espaço ambiental do domínio. Os hotspots evolutivos estão concentrados na porção sul do domínio, especialmente no sudeste do Brasil. No sul do domínio, na região acima do trópico de Capricórnio até o nordeste do país, estão as áreas com linhagens mais derivadas (jovens) e espécies que são mais aparentadas entre si, enquanto na região mais ao sul do domínio, estão concentradas as linhagens mais antigas. Esse padrão pode ser explicado pela existência de refúgios climáticos ao sul do bioma bem como pelo histórico de expansão dessa família no continente sul-americano. Em Santa Teresa/ES, registramos a maior diversidade endêmica filogenética da família, local que abriga linhagens únicas, restritas àquela região. A porção norte do domínio se destaca pela presença de dois locais com elevado endemismo filogenético, nas florestas costeiras da Bahia (Salvador/BA) e nas florestas interioranas pernambucanas (Belo Jardim/PE). Os padrões de diversidade filogenética de Myrtaceae corroboraram com os padrões já descritos para outros táxons como aves, serpentes e artrópodes, o que reforça o uso de Myrtaceae como grupo modelo para análises macroecológicas e macroevolutivas na Mata Atlântica. Na etapa final desta dissertação, estou trabalhando para usar essas métricas de diversidade na proposição de um esquema de priorização de áreas visto que conservar o potencial evolutivo é uma forma de aumentar as chances de resposta dos táxons aos cenários de mudanças ambientais preditos para o futuro.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1837921 - ALEXANDRE FADIGAS DE SOUZA
Interna - 1914239 - MIRIAM PLAZA PINTO
Presidente - 3058386 - VANESSA GRAZIELE STAGGEMEIER
Notícia cadastrada em: 04/05/2022 09:41
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa05-producao.info.ufrn.br.sigaa05-producao