PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: MELINA FERREIRA MARTELLO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MELINA FERREIRA MARTELLO
DATA : 07/03/2022
HORA: 13:30
LOCAL: meet.google.com/jph-zowb-tmj
TÍTULO:

Mudanças climáticas alteram a distribuição de corais e corroboram a tropicalização no Atlântico Sudoeste


PALAVRAS-CHAVES:

Mudanças climáticas; Mudanças de distribuição; Costa Brasileira; Recifes marginais; Modelos de Distribuição de Espécies.


PÁGINAS: 37
RESUMO:

Prever a distribuição de espécies de corais em reposta às mudanças climáticas tem sido um dos principais desafios para projetar o futuro dos recifes. O Atlântico Sudoeste (SWA) recentemente foi reconhecido como um potencial refúgio ao aquecimento global, abrigando corais mais tolerantes ao estresse, adaptados a condições ambientais subótimas/marginais e exibindo menor mortalidade pós-branqueamento. Modelamos as probabilidades de ocorrência de 12 corais zooxantelados construtores-de-recifes que ocorrem ao longo da costa brasileira (1°N a 27°S). Hipotetizamos que (i) a distribuição da maioria das espécies de corais provavelmente se expandirá para o sul devido à potencial tropicalização dessas áreas, enquanto áreas tropicais podem se tornar menos adequadas, e que (ii) corais com uma distribuição mais ampla serão mais propensos a mudar suas distribuições devido à capacidade de dispersão potencialmente maior e tolerância à variabilidade ambiental quando comparados a populações geograficamente confinadas. Utilizamos Modelos de Distribuição de Espécies com abordagem Bayesiana para prever as probabilidades de ocorrência das espécies no futuro (2050 e 2100) sob um cenário intermediário de aumento das emissões de gases de efeito estufa ao longo do século XXI (RCP6.0), projetado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Descobrimos que as probabilidades de ocorrência de todos os corais modelados devem diminuir dentro dos trópicos (1°N a 20°S) e aumentar em direção a locais subtropicais (20°–27°S) já em 2050, com grandes declínios previstos para ocorrer entre 9°S e 20°S, que coincide com a região que compreende o complexo recifal mais rico no SWA, o banco de Abrolhos. Grandes declínios são esperados para os principais construtores-de-recifes endêmicos do Brasil que possuem distribuição restrita, nomeadamente Mussismilia braziliensis e Mu. harttii, provavelmente levando à perda de complexidade estrutural e de sua diversidade associada. Maiores probabilidades de ocorrência em áreas subtropicais corroboram a hipótese de tropicalização no SWA, que deve beneficiar espécies já estabelecidas nessas áreas, como Mu. hispida e Madracis decactis, e potencialmente enriquecer as assembleias de corais através da expansão de outras espécies amplamente distribuídas, como Siderastrea spp., Millepora spp. e Porites spp. Esses rearranjos nas assembleias podem adicionar complexidade e funções a esses recifes marginais ou repercutir de maneiras inesperadas. As perdas previstas na região tropical e os ganhos na região subtropical enfatizam a necessidade de mitigar os estressores locais e buscar potenciais corredores ecológicos que possam ajudar os corais a se adaptar ou mover para áreas mais adequadas, acompanhando as mudanças climáticas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2319234 - GUILHERME ORTIGARA LONGO
Externo à Instituição - EDSON APARECIDO VIEIRA FILHO
Externo à Instituição - MARIANA BENDER GOMES - UFSM
Notícia cadastrada em: 02/03/2022 14:48
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