PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de DEFESA: LAIANE LANE LUCENA DE MEDEIROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LAIANE LANE LUCENA DE MEDEIROS
DATA : 22/02/2022
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/xpn-rkho-gdv
TÍTULO:

Influência das macroalgas sobre a teia trófica de ambientes costeiros impactados pela pesca.



PALAVRAS-CHAVES:

Eutrofização; pesca artesanal; EwE; estrutura trófica; desenvolvimento do ecossistema; espécies-chave.


PÁGINAS: 70
RESUMO:

Os ambientes costeiros estão sendo, frequentemente, degradados em decorrência dos impactos antrópicos. A floração de macroalgas é uma consequência da eutrofização dos corpos d'água, através da regulação bottom-up, que pode favorecer organismos herbívoros, detritívoros e filtradores, aumentando a produtividade primária bruta e respiração dos ecossistemas. Da mesma forma, a sobre-explotação pesqueira pode atuarna regulação top-down, favorecendo floração de macroalgas via declínio de peixes predadores de topo. A fim de compreender a complexidade das teias tróficas dos ecossistemas costeiros impactados por macroalgas e atividade pesqueira, utilizamos o software Ecopath with Ecosim. Para isto, dois ambientes costeiros, explorados por pescadores artesanais, foram avaliados e comparados: Baía Formosa (BF) e Porto do Mangue (PM) (ambiente influenciado por floração de macroalgas), ambos no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. A elevada concentração de nutrientes somada às condições semiáridas de PM favoreceu uma maior biomassa de Produtores Primários (Macroalgae e Phytoplankton) e Peixes mesopredadores neste ecossistema. Já BF apresentou maior biomassa de invertebrados, favorecidos pela baixa biomassa algal e sedimento mais fino deste ecossistema, composto por silte e argila e enriquecida por matéria orgânica e Peixes predadores de topo. Tais características estruturais de PM resultaram em uma Produção Primária Líquida elevada e diagrama de fluxo baseado na regulação bottom-up. Entretanto, as macroalgas apresentaram baixo impacto trófico, visto que, grande parte da sua biomassa foi transformada em detrito e exportada para ecossistemas adjacentes, o que o caracterizou como um ecossistema imaturo. O oposto foi encontrado no ecossistema de BF, considerado maduro, com elevado fluxo de consumo, respiração e, ainda, grande representação de todos os níveis tróficos no seu diagrama de fluxo. A pesca, por sua vez, não favoreceu a floração de macroalgas, mas, atingiu diferencialmente os demais compartimentos entre os ecossistemas. Em BF, a captura especializada em predadores de topo favoreceu os peixes de níveis tróficos intermediários. Já em PM, a pesca teve efeito prejudicial ao longo da teia, pois a captura foi generalizada, impactando negativamente os diversos níveis tróficos. Portanto, a eutrofização e atividade pesqueira em PM geraram maior estresse para as espécies que compõe a teia trófica deste ecossistema, dificultando a evolução para um estado mais estável e maduro de sucessão ecológica.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALEX SOUZA LIRA
Presidente - 1545394 - FULVIO AURELIO DE MORAIS FREIRE
Externa à Instituição - Maria Alice Leite Lima - UFRN
Notícia cadastrada em: 31/01/2022 15:32
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