PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: HENRIQUE DOUGLAS DOS SANTOS BORBUREMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : HENRIQUE DOUGLAS DOS SANTOS BORBUREMA
DATA : 24/05/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Virtual - Google Meet
TÍTULO:

EFEITOS DE CENÁRIOS DE MUDANÇAS GLOBAIS NA FISIOLOGIA DE ECÓTIPOS DE Bostrychia (RHODOPHYTA) DE POPULAÇÕES GENETICAMENTE DIVERGENTES


PALAVRAS-CHAVES:

acidificação dos oceanos ;aquecimento dos oceanos ;atividade antioxidante ; aumento do nível do mar ; carboidratos ; conteúdo de pigmentos ; crescimento ; estuário ; manguezais ; proteínas


PÁGINAS: 128
RESUMO:

Concentrações crescentes de gases de efeito estufa na atmosfera (principalmente o CO2) vêm causando mudanças globais. Alterações ambientais são esperadas em ecossistemas estuarinos devido as mudanças globais. Macroalgas nesses ecossistemas são produtores primários que podem mitigar a mudança global por meio da absorção de CO2 para a fotossíntese, desde que elas sejam tolerantes às mudanças ambientais. Assim, analisamos diferentes respostas fisiológicas de B. montagnei e B. calliptera de dois manguezais em domínios biogeográficos brasileiros (Atlântico Tropical - AT, e América do Sul Temperado - AST) após elas serem cultivadas em um sistema de biorreatores em três pHs flutuantes (7,2 ± 0,1; 7,6 ± 0,2 e 8,0 ± 0,2), sendo dois pHs reduzidos por incremento de CO2 na água do mar (artigo I); e sob temperatura e salinidade aumentadas (artigo II). As temperaturas estabelecidas seguiram modelos climáticos e as salinidades foram de acordo com salinidades registradas nos locais de coleta das algas. Algas de ambas as localidades aumentaram sua produtividade (crescimento como um “proxy”) em tratamentos de pH reduzido e flutuante. Em geral, as respostas fisiológicas das algas não foram negativamente afetadas por pH diminuído. Algas de AT tiveram seu maior crescimento em 27 ºC e 15 PSU, e algas de AST em 24 ºC e 15 PSU. Algas de AST diminuíram seu crescimento sob salinidade e temperatura crescentes. 34 ºC foi uma temperatura letal para algas de AT, enquanto que 29 e 31 ºC a 35 PSU foram letais para B. calliptera de AST. Em geral, maiores salinidades diminuíram o rendimento quântico efetivo e a taxa de transporte de elétrons relativa na fotossíntese das algas. Nossos resultados demonstraram que B. montagnei e B. calliptera principalmente biossintetizam proteínas, carboidratos e compostos antioxidantes para tolerarem temperaturas e salinidades prejudiciais, e que o conteúdo pigmentar das algas é ajustado para uma captação eficiente de luz. Nosso estudo indica que as algas analisadas são relevantes para o carbono azul em manguezais, contribuindo para a mitigação das mudanças globais, uma vez que elas aumentaram sua produtividade sob maior disponibilidade de CO2 (artigo I). Também demonstramos que o aquecimento do oceano e maiores salinidades nos estuários, por causa do aumento do nível do mar e deslocamento da cunha salina, podem ser prejudiciais para as algas analisadas, comprometendo suas funções ecológicas nos manguezais (artigo II). Encontramos ainda que as populações das algas são geneticamente e fenotipicamente divergentes, a partir de dados moleculares (“DNA barcode COI-5P”) e fisiológicos (artigo III).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1279472 - ELIANE MARINHO SORIANO
Interna - 2412921 - JULIANA DEO DIAS
Externo ao Programa - 363.178.178-47 - EDSON APARECIDO VIEIRA FILHO - UFRN
Notícia cadastrada em: 03/05/2021 12:48
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