PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de DEFESA: ELLEN CRISTINA MÕES OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELLEN CRISTINA MÕES OLIVEIRA
DATA : 27/07/2020
HORA: 09:30
LOCAL: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/webconf-pop-rn-sala-a
TÍTULO:

PADRÕES DE USO DO HABITAT POR TATUS NAS PLANÍCIES DE INUNDAÇÃO DA AMAZÔNIA CENTRAL BRASILEIRA


PALAVRAS-CHAVES:

pulso de inundação; ciclo hidrológico; terra firme; várzea; armadilha fotográfica


PÁGINAS: 46
RESUMO:

A distribuição de mamíferos no ambiente é modulada pela complexidade do habitat e mudanças na disponibilidade de recursos, respondendo aos componentes da paisagem, que influencia a forma como irão utilizar o habitat. Longe de ser uma floresta homogênea, a Amazônia é formada por diferentes tipos de vegetações. Uma importante fonte desta variação é o pulso de inundação que ocorre ao longo do ciclo hidrológico. Esse fenômeno afeta os padrões de uso do habitat para muitas espécies de mamíferos encontrados no bioma. Os tatus (Dasypodidae: Cingulata) são o principal grupo de mamíferos escavadores das florestas Amazônicas. Neste estudo, nosso objetivo foi identificar quais áreas os tatus estão ocupando relacionadas ao ciclo hidrológico e quais características ambientais estão influenciando os padrões de uso do habitat. Os dados foram coletados na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus e Reserva Biológica de Abufari, localizadas na porção centro-oeste da Amazônia Brasileira, através de armadilhamento fotográfico. Foram instaladas 72 câmeras nas áreas não inundáveis (terra firme), adjacentes às áreas alagáveis (várzeas), com um esforço total de amostragem de 23.080 dias, onde foram detectadas três espécies de tatus. A partir disso, utilizamos modelos de ocupação, levando-se em consideração a detecção imperfeita, para estimar a detecção e ocupação para cada espécie entre as fases do ciclo hidrológico (Cheia e Seca), e a influência de variáveis ambientais (Rugosidade do relevo, Altitude em relação ao nível do rio, Densidade de predadores, Distância do limite da área alagada e Biomassa florestal) e antrópicas (Distância das comunidades humanas) em cada ponto de amostragem. Obtivemos 700 registros independentes das três espécies de tatus. Como principais resultados dos modelos de ocupação, verificamos que para Dasypus novemcinctus e Priodontes maximus houve uma ocupação maior nas áreas de terra firme durante a Seca quando as áreas alagáveis ficam disponíveis (Ѱ = 0,69 ± 0,02 e Ѱ = 0,95 ± 0,12), do que durante a Cheia (Quando as áreas alagáveis estão cheias, portanto, indisponíveis para as espécies terrestres ocuparem). Já para Dasypus kappleri a ocupação foi maior durante a fase de Cheia do rio (Ѱ = 0,98 ± 0,10). A rugosidade do relevo e a altitude em relação ao nível do rio foram as variáveis mais importantes para ocupação de Dasypus novemcinctus quando somado o peso de todos os modelos. Para Priodontes maximus a distância do limite da área alagada foi mais importante para sua ocupação. Para Dasypus kappleri, as variáveis mais importantes foram a distância da comunidade humana e a rugosidade do relevo.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MAÍRA BENCHIMOL DE SOUZA - UESC
Presidente - 1718346 - EDUARDO MARTINS VENTICINQUE
Externo à Instituição - GUILHERME SANTOS TOLEDO DE LIMA - UFRPE
Notícia cadastrada em: 07/07/2020 13:08
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