PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de DEFESA: KELLY YUMI INAGAKI

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KELLY YUMI INAGAKI
DATA : 20/02/2020
HORA: 13:30
LOCAL: sala de reuniões do DECOL
TÍTULO:

Além das distribuições: interações ecológicas diante das mudanças climáticas


PALAVRAS-CHAVES:

Pressão de alimentação ;Modelos Bayesiano;Projeções futuras;Atlântico Ocidental;padrões latitudinais


PÁGINAS: 53
RESUMO:

Ambientes tropicais abrigam alta biodiversidade, além de maior intensidade e diversidade de interações ecológicas quando comparados a ambientes extratropicais. Esses padrões latitudinais são resultados de longos processos evolutivos, mas as mudanças climáticas têm levado à expansão de espécies tropicais em direção a regiões extratropicais, alterando tais padrões de diversidade e de interações ecológicas. Eventos de tropicalização têm sido frequentemente caracterizados pela mudança na distribuição de espécies, mas as interações ecológicas tem recebido menor atenção apesar de sua importância para os ecossistemas. Uma vez que mudanças na temperatura podem afetar a fisiologia dos organismos, particularmente os ectotérmicos, nós hipotetizamos que os aumentos de temperatura previstos para o futuro irão intensificar as interações tróficas dos organismos até atingir seus limites térmicos, quando as interações não serão mais viáveis. Além disso, o aquecimento das áreas extratropicais pode facilitar que espécies tropicais se estabeleçam e atuem em novas interações. Sendo assim, com base na ocorrência, biomassa e pressão de alimentação de peixes recifais, nós avaliamos como as interações tróficas de peixes herbívoros, invertívoros e onívoros irão responder a aumentos de temperatura ao longo de 61º de latitude no Atlântico Ocidental, utilizando modelos Bayesianos para prever a intensidade das interações em 2050 e 2100, de acordo com os cenários do IPCC. Interações tróficas irão diminuir entre 20 e 40% nos trópicos, o que indica que o aumento de temperatura poderá exceder a tolerância fisiológica dos peixes. Isso pode causar sérias consequências no funcionamento dos ecossistemas, como a mudança de fase de corais para algas que já tem sido registrada nos recifes do Caribe. Contrariamente, na região extratropical do norte (26-34ºN), as interações tróficas irão aumentar devido à invasão pelos herbívoros tropicais, enquanto as interações de peixes onívoros irão diminuir. Já na região extratropical sul as mudanças são menos prováveis de ocorrer, provavelmente devido a corrente fria que vem dos polos até os 22ºS de latitude. Interações por invertívoros vão diminuir em 50% ao longo de todo o Atlântico Ocidental, o que pode levar a importantes implicações ecológicas. Prever como as mudanças climáticas irão afetar as interações tróficas e, consequentemente, o funcionamento dos ecossistemas pode contribuir com o planejamento e adaptação para reter importantes serviços ecossistêmicos nesses novos ambientes.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2319234 - GUILHERME ORTIGARA LONGO
Externo à Instituição - MARIANA BENDER GOMES - UFSM
Externa à Instituição - NATÁLIA CARVALHO ROOS
Notícia cadastrada em: 27/01/2020 14:07
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