Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA IOHARA QUIRINO AMADOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA IOHARA QUIRINO AMADOR
DATA : 20/11/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de reuniões - DECOL
TÍTULO:

Informações convergentes e complementares sobre mudanças nos ambientes        recifais por diferentes stakeholders

PALAVRAS-CHAVES:

shifiting baseline; stakeholders; reconstrução histórica; ambiente recifal; mergulhadores; pescadores

PÁGINAS: 30
RESUMO:

Os ambientes recifais são ecossistemas sensíveis afetados por mudanças globais (aquecimento global e acidificação dos oceanos) e processos locais (por exemplo, pesca e eutrofização). É comum supor que um recife de coral é mais saudável (ou pior) do que outro apenas com base nas referências atuais, uma suposição tendenciosa conhecida como “shifting baseline”, comum  quando há pouca ou nenhuma informação passada sobre ecossistemas e espécies. Os poucos registros de estados recentes de recifes de corais nos dão uma ideia de como esses ecossistemas estão mudando rapidamente e sugerem que quanto mais tempo precisarmos voltar no tempo para detectar quando mudanças específicas aconteceram, mais precisaremos confiar na memória das atividades dos stakeholders, devido à falta de informações científicas passadas. Isso é especialmente importante para os países em desenvolvimento, onde a pesquisa marinha é relativamente nova. Avaliamos as mudanças na paisagem marítima dos recifes brasileiros, entrevistando os principais stakeholders que fazem diferentes usos desses ecossistemas, como pescadores, mergulhadores e pesquisadores. Também buscamos compreender as convergências das informações sobre os ambientes recifais. Os stakeholders perceberam uma diminuição geral no número de peixes recifais ao longo da costa. Existe uma percepção comum entre as partes interessadas de que processos locais, como pesca e detritos marinhos, têm um efeito mais forte nos recifes brasileiros do que processos globais como aquecimento e acidificação. Porém, nem todas as percepções são negativas, pois os entrevistados também acreditam que as populações de tartarugas marinhas se recuperaram e aumentaram na costa brasileira. Ao aproveitar as memórias dos usuários, buscamos recuperar parte do passado dos recifes brasileiros para entender as mudanças atuais e prever futuras nesses ecossistemas, construindo uma sólida base de conhecimento para apoiar a conservação dos recifes.

MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1378974 - LIANA DE FIGUEIREDO MENDES
Externo à Instituição - MAURO SERGIO PINHEIRO LIMA - ONG OCEÂNICA
Presidente - 1718747 - PRISCILA FABIANA MACEDO LOPES