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Banca de DEFESA: GUSTAVO BRANT DE CARVALHO PATERNO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GUSTAVO BRANT DE CARVALHO PATERNO
DATA : 30/07/2018
HORA: 08:00
LOCAL: Anfiteatro das Aves
TÍTULO:

Sexo, herbívoros e a evolução das flores.


PALAVRAS-CHAVES:

bons genes, parasitas, biomassa, coevolução, inimigos naturais, filogenia, macroevolução, custo, estequiometria


PÁGINAS: 233
RESUMO:

Parasitas representam uma forte pressão seletiva influenciando a evolução e a manutenção da reprodução sexuada. Espécies que estão sujeitas a uma gama maior de parasitas debilitantes devem investir mais em reprodução sexuada e apresentar características sexuais secundárias mais desenvolvidas. Nas últimas décadas, muitos estudos encontraram suporte para essa teoria para diferentes grupos de animais. No entanto, uma aplicação mais geral desta teoria para organismos vegetais permanece pouco explorada. As angiospermas apresentam a maior diversidade de estruturas e estratégias reprodutivas que qualquer outro grupo de organismos, representando um excelente modelo para se estudar a evolução do sexo. A reprodução sexuada das angiospermas é baseada em flores compostas por estruturas com diferentes funções: androceu (função masculina); gineceu (função feminina); corola (atração de polinizadores) e cálice (proteção do ovário). Surpreendentemente, estudos comparativos avaliando a partição de recursos entre as funções florais básicas são raros. O estudo da partição floral em grande escala (geográfica e filogenética) representa uma importante lacuna a ser preenchida e oferece enorme potencial para a descoberta de novos padrões macroevolutivos. Esta tese está organizada em quatro capítulos que investigam padrões globais na partição de recursos sexuais em angiospermas e o papel dos herbívoros na evolução das estratégias sexuais das flores. No primeiro capítulo, foram coletados dados de biomassa floral em quatro continentes (América do Norte, América do Sul, Europa e Oceania) para testar a existência de um padrão alométrico global na alocação de recursos florais das angiospermas. Nossos resultados demonstram que a alocação de recursos florais segue uma regra alométrica geral na qual espécies com flores grandes investem mais na função masculina e nas pétalas. No segundo capítulo, foi testada a hipótese de que uma maior pressão de herbívoros na escala evolutiva favorece a evolução de estratégias reprodutivas com maior investimento em reprodução cruzada. Nossos resultados fornecem fortes evidências de que a teoria da evolução do sexo mediada por parasitas se aplica ao reino vegetal (Red Queen Hypothesis). No terceiro capítulo, estimou-se o custo estequiométrico de flores e folhas para 56 espécies de Angiospermas europeias. Foi demonstrado que as flores são estruturas custosas, representando um sinal honesto na competição por polinizadores (Zahavi’s handicap). As flores são ricas em fósforo e possuem uma assinatura estequiométrica distinta, apresentando razões P:N e P:C muito mais elevadas que as folhas. No quarto capítulo, apresento o software sensiPhy, uma pacote de R para realizar análises de sensibilidade e testar a robustez de modelos estatísticos considerando múltiplos tipos de incerteza nos métodos filogenéticos comparativos (incerteza filogenética, intraespecífica e amostral). Com esta tese, espero contribuir com a construção de uma base mais sólida e geral sobre os fatores que influenciaram a evolução das estratégias sexuais em plantas na escala macroevolutiva.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1678202 - CARLOS ROBERTO SORENSEN DUTRA DA FONSECA
Externo à Instituição - HARRY OLDE VENTERINK - VUB
Externo à Instituição - JOHANNES KOLLMANN - TUM
Externo à Instituição - MARK WESTOBY - MQ
Externo à Instituição - VANESSA GRAZIELE STAGGEMEIER - UNESP
Notícia cadastrada em: 25/07/2018 14:22
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