PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de DEFESA: JANAINA FREITAS CALADO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JANAINA FREITAS CALADO
DATA : 26/02/2018
HORA: 13:30
LOCAL: Sala de videoconferências, Centro de Convivências - UFRN
TÍTULO:

Impactos do mergulho recreativo em ambientes recifais do Brasil 


PALAVRAS-CHAVES:

Impactos do turismo em recifes; turismo recifal sustentável; comportamento de mergulhadores; educação ambiental


PÁGINAS: 157
RESUMO:

O mergulho recreativo (MR) é uma das atividades turísticas que mais cresce no mundo, gerando emprego e renda, além de poder contribuir com a conservação dos ambientes recifais. Apesar das vantagens socioeconômicas, quando realizado sem controle, o MR pode provocar impactos negativos ao ecossistema recifal. Diversos estudos em recifes de corais no mundo têm caracterizado tais impactos propondo estratégias de manejo e indicadores biológicos para monitoramento. As peculiaridades dos recifes brasileiros, com baixa cobertura coralínea e elevada cobertura de algas e esponjas, torna necessário identificar e definir estratégias de manejo próprias para esse tipo de uso. O presente estudo tem o objetivo de avaliar o impacto que o mergulho recreativo provoca em ambientes recifais do Brasil. O primeiro capítulo é uma análise cienciométrica que indica as tendências dos estudos sobre os impactos do MR nos ambientes recifais brasileiros. Os resultados mostram o crescimento do número de publicações com esse tema ao longo do tempo e aponta a carência de uma análise integrada dos impactos que o MR causa na biota recifal. Além disso, observou-se a necessidade de delineamento do perfil, preferências e do comportamento dos mergulhadores. Nosso trabalho indica ainda as regiões geográficas brasileiras com maior carência de estudos com o tema. No segundo capítulo foi caracterizado o comportamento de mergulhadores recreativos em uma Área de Proteção Ambiental Marinha (APM) no nordeste brasileiro, quantificando-se a frequência de toques no substrato recifal relacionado ao perfil do mergulhador e características do tipo de mergulho realizado. A frequência média de toques (FT) observada foi notadamente inferior no recife estudado, quando comparado a outros estudos em recifes de corais do mundo. As variáveis que influenciaram na FT foram: tipo de mergulho (scuba > snorkel), sexo (homens > mulheres) e na faixa etária (acima de 50 anos, maior que nas demais faixas etárias). A discussão deste capítulo aborda como as características físicas do local de estudo pode ter influenciado na redução da FT, e também a postura dos  profissionais do turismo. O terceiro capítulo trata dos impactos do MR na ictiofauna e na comunidade bentônica em um ambiente recifal do Brasil. Nesse capítulo a realização de uma análise integrada de múltiplas variáveis da biota marinha identificou importantes alterações na estrutura da comunidade recifal em função do MR. Essa abordagem permitiu a observação de possíveis relações de causa e efeito que a avaliação de apenas um grupo biológico poderia não detectar. As alterações documentadas podem ser causadas diretamente pelo MR ou por efeitos indiretos, que é resultado da complexa forma como os diferentes táxons respondem aos danos oriundos da atividade turística. Apesar disso, essas modificações são espacialmente pontuais e com mais estudos, monitoramento, fiscalização e manejo adequado, acredita-se que os impactos podem ser reduzidos nas áreas turísticas. Neste trabalho ainda são sugeridas medidas de manejo para redução do impacto do MR e indicadores biológicos que podem otimizar o monitoramento de áreas recifais submetidas a atividade turística O quarto e último capítulo relata como o uso de metodologias múltiplas em um projeto de Educação Ambiental (EA), cujo tema foi “os impactos do mergulho recreativo”, foi eficaz em uma escola pública do entorno de AMP alvo da especulação turística. Os resultados indicam que a combinação do conhecimento científico, conhecimento local, uso de mídias e visitas à ambientes não-formais são fundamentais para a eficácia de um projeto de EA. Esta tese apresenta dados pioneiros sobre os impactos que o mergulho recreativo gera em ambientes recifais brasileiros, contribuindo efetivamente para o manejo e desenvolvimento de um turismo sustentável em áreas protegidas marinhas. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALEXANDRE GUSMÃO PEDRINI - UERJ
Interno - 2319234 - GUILHERME ORTIGARA LONGO
Externo à Instituição - JOSE GARCIA JUNIOR - IFRN
Presidente - 1378974 - LIANA DE FIGUEIREDO MENDES
Interno - 1718747 - PRISCILA FABIANA MACEDO LOPES
Notícia cadastrada em: 06/02/2018 13:44
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