PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: GIESTA KRISHNA DE SAINT GEORGE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GIESTA KRISHNA DE SAINT GEORGE
DATA : 23/10/2017
HORA: 14:30
LOCAL: Sala de reuniões prédio de ecologia
TÍTULO:

Conectando habitats de primatas em áreas de Mata Atlântica e Caatinga do Nordeste brasileiro

A fragmentação e a perda de habitat associadas a atividades antrópicas são as causas mais citadas de perda de diversidade biológica. A redução de habitats de florestas resulta no isolamento de populações e no maior risco de extinção. A espécie Callicebus coimbrai é endêmico da Mata Atlântica nordestina, enquanto Callicebus barbarabrownae endêmico da Caatinga. Ambas com distribuição nos estados de Sergipe e Bahia, vivem em paisagens fragmentadas e com alto isolamento.  Uma das estratégias mais viáveis de conservação para estes primatas é a criação de corredores ecológicos. Diante disto, o objetivo do presente estudo foi caracterizar o uso de solo e a estrutura da paisagem em polígonos de áreas consideradas prioritárias para conservação das duas espécies, e identificar possíveis rotas de conexão entre fragmentos. Os polígonos de áreas prioritárias foram definidos por especialistas em um workshop no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros em 2016. As classificações de uso de solo foram obtidas em imagens MapBiomas 2016 coleção 2, resumidas a 5 classes. Os Pontos de ocorrência das espécies foram obtidos em publicações e dados não publicados nos últimos 10 anos. Os corredores foram simulados conectando fragmentos com ocorrência das espécies ou entre fragmentos grandes com potencial reintrodução. Para tal simulamos corredores ecológicos através dos algoritmos “caminho de menor custo” (least cost path analysis) e múltiplos caminhos. Para C. coimbrai, foram analisados 12 polígonos de áreas prioritárias, com área total de 56.409 hectares, sendo 13.840ha (24,5%) com cobertura florestal, e 36.215ha (64.2%) de Agricultura ou Pastagem. Simulamos 94 corredores com média de 6,3 corredores por área prioritária. O corredor de menor custo teve comprimento de 1.377m, enquanto o de maior custo, 8.533m. Corredores tiveram em média comprimento 9.112,78m (+7.172,26; n =94). Dos seis corredores de menor custo, apenas um obteve comprimento próximo a distância euclidiana, indicando corredores mais lineares. Para C. barbarabrownae foram analisados sete polígonos de áreas prioritárias, com área total de 46.399 hectares, dos quais 8.271ha (17,8%) de área com cobertura de Caatinga arbórea e 14.240ha (30,7%) de Agricultura ou Pastagem. Neles foram simulados 54 corredores com média de 7,7 corredores para cada área. O corredor de menor custo teve comprimento de 5.521m, enquanto o de maior custo, 15.574m. Corredores tiveram comprimento médio de 21.122,11m (+6.470,69; n =54). Nenhum corredor obteve comprimento próximo a distância euclidiana, indicando corredores mais sinuosos. As melhores simulações de corredores ocorreram em poucas áreas prioritárias, já que estes são dependentes da presença de cobertura vegetal remanescente. Os menores valores de custo não correspondem necessariamente a menores distâncias, pois a rota é consequência da permeabilidade da matriz.  Com as informações geradas neste trabalho, espera-se dar suporte ao “Plano de Ação Nacional Para a Conservação dos Primatas do Nordeste”, do Ministério do Meio Ambiente, que tem como um de seus objetivos o aumento a área e a conectividade dos habitats de espécies ameaçadas para garantir a viabilidade populacional.


PALAVRAS-CHAVES:

Calicebus barbarabrownae, Calicebus coimbrai, guigó, fragmentação, perda de habitat, corredores


PÁGINAS: 30
RESUMO:

A fragmentação e a perda de habitat associadas a atividades antrópicas são as causas mais citadas de perda de diversidade biológica. A redução de habitats de florestas resulta no isolamento de populações e no maior risco de extinção. A espécie Callicebus coimbrai é endêmico da Mata Atlântica nordestina, enquanto Callicebus barbarabrownae endêmico da Caatinga. Ambas com distribuição nos estados de Sergipe e Bahia, vivem em paisagens fragmentadas e com alto isolamento.  Uma das estratégias mais viáveis de conservação para estes primatas é a criação de corredores ecológicos. Diante disto, o objetivo do presente estudo foi caracterizar o uso de solo e a estrutura da paisagem em polígonos de áreas consideradas prioritárias para conservação das duas espécies, e identificar possíveis rotas de conexão entre fragmentos. Os polígonos de áreas prioritárias foram definidos por especialistas em um workshop no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros em 2016. As classificações de uso de solo foram obtidas em imagens MapBiomas 2016 coleção 2, resumidas a 5 classes. Os Pontos de ocorrência das espécies foram obtidos em publicações e dados não publicados nos últimos 10 anos. Os corredores foram simulados conectando fragmentos com ocorrência das espécies ou entre fragmentos grandes com potencial reintrodução. Para tal simulamos corredores ecológicos através dos algoritmos “caminho de menor custo” (least cost path analysis) e múltiplos caminhos. Para C. coimbrai, foram analisados 12 polígonos de áreas prioritárias, com área total de 56.409 hectares, sendo 13.840ha (24,5%) com cobertura florestal, e 36.215ha (64.2%) de Agricultura ou Pastagem. Simulamos 94 corredores com média de 6,3 corredores por área prioritária. O corredor de menor custo teve comprimento de 1.377m, enquanto o de maior custo, 8.533m. Corredores tiveram em média comprimento 9.112,78m (+7.172,26; n =94). Dos seis corredores de menor custo, apenas um obteve comprimento próximo a distância euclidiana, indicando corredores mais lineares. Para C. barbarabrownae foram analisados sete polígonos de áreas prioritárias, com área total de 46.399 hectares, dos quais 8.271ha (17,8%) de área com cobertura de Caatinga arbórea e 14.240ha (30,7%) de Agricultura ou Pastagem. Neles foram simulados 54 corredores com média de 7,7 corredores para cada área. O corredor de menor custo teve comprimento de 5.521m, enquanto o de maior custo, 15.574m. Corredores tiveram comprimento médio de 21.122,11m (+6.470,69; n =54). Nenhum corredor obteve comprimento próximo a distância euclidiana, indicando corredores mais sinuosos. As melhores simulações de corredores ocorreram em poucas áreas prioritárias, já que estes são dependentes da presença de cobertura vegetal remanescente. Os menores valores de custo não correspondem necessariamente a menores distâncias, pois a rota é consequência da permeabilidade da matriz.  Com as informações geradas neste trabalho, espera-se dar suporte ao “Plano de Ação Nacional Para a Conservação dos Primatas do Nordeste”, do Ministério do Meio Ambiente, que tem como um de seus objetivos o aumento a área e a conectividade dos habitats de espécies ameaçadas para garantir a viabilidade populacional.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1549043 - ADRIANA MONTEIRO DE ALMEIDA
Externo à Instituição - MARÍLIA BRUZZI LION - UFRN
Interno - 1914239 - MIRIAM PLAZA PINTO
Notícia cadastrada em: 06/10/2017 15:20
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