PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: ISABELA FREITAS OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISABELA FREITAS OLIVEIRA
DATA : 26/10/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Didático I do Departamento de Ecologia da UFRN
TÍTULO:

Vivendo na cidade: Borboletas frugívoras em uma paisagem urbana


PALAVRAS-CHAVES:

Urbanização, Lepidoptera, Praças, Comunidade.


PÁGINAS: 50
RESUMO:

Com o crescimento populacional e a expansão das cidades, o processo de urbanização e sua influência sobre a biota local entraram no hall de estudos ecológicos. Áreas verdes em meio a prédios e ruas tendem a se comportar como ilhas, servindo de refúgios para diversas espécies. O presente estudo teve o objetivo de entender quais fatores (e.g. cobertura vegetal) determinam a estrutura das comunidades de borboletas frugívoras em praças públicas e qual a influência de grandes áreas preservadas (Parque das Dunas e Parque da Cidade) na dinâmica das borboletas nas praças. Além disso, averiguamos se as comunidades de borboletas em diferentes hábitats possuem diferentes características ecológicas. Foram selecionadas 18 praças em três categorias de distância para o Parque das Dunas: Camada 1 (0 a 1000 m), Camada 2 (1001 a 2000 m ) e Camada 3 (2001 a 3000 m). Em cada camada de distância selecionamos 2 praças pequenas (1000-3000 m2), 2 médias (3001-5001 m2) e 2 grandes (>5001 m2). Três pontos dentro do Parque das Dunas foram escolhidos como área controle. Após 11 meses de coleta, foram registrados 617 indivíduos de 13 espécies de borboletas frugívoras. Nas 18 praças encontramos 475 indivíduos de 9 espécies e nos três pontos no Parque das Dunas registramos 142 indivíduos de 12 espécies. As curvas de rarefação mostraram que o Parque das Dunas abriga mais espécies que a cidade e que a  riqueza de espécies não foi significativamente diferente entre as categorias de distância para o Parque e nem entre o tamanho das praças. Utilizando o método de AIC, foi possível selecionar os melhores modelos que descreveram a riqueza e abundancia das espécies nas praças. Para riqueza, o melhor modelo que explicou o número de espécies nas praças foi o modelo nulo, seguido por número de árvores frutíferas, e distância para o Parque da Cidade. Já para abundância, o modelo que melhor explicou o número de indivíduos nas praças envolveu as variáveis árvores frutíferas, distância para o Parque da Cidade, distância para o Parque das Dunas e cobertura vegetal. O segundo melhor modelo incorporou todas as variáveis do estudo. Foram registradas diferenças significativas na composição de espécies entre as praças e o parque através do teste de PERMANOVA, mostrando preferência de hábitat das espécies. O teste de Mantel revelou que não houve correlação significativa entre a similaridade de espécies e a distância geográfica entre as praças. Esses resultados indicam que o número de árvores frutíferas e a proximidade de uma potencial fonte são os fatores mais importantes para a presença de espécies de borboletas, visto que frutos fermentados são recursos para os adultos e que estas espécies podem estar associadas às áreas protegidas. O baixo número de espécies encontradas na cidade é reflexo de uma homogeneidade local consequente de uma matriz quase impermeável. Foi possível verificar que nos períodos de chuva, a abundância e riqueza de espécies foi maior nas praças, revelando que, quando a precipitação aumenta, a matriz se torna mais permeável, permitindo o deslocamento dos indivíduos e até mesmo o aparecimento de espécies classificadas como “de mata”.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1451741 - MARCIO ZIKAN CARDOSO
Interno - 1837921 - ALEXANDRE FADIGAS DE SOUZA
Interno - 1914239 - MIRIAM PLAZA PINTO
Notícia cadastrada em: 19/10/2016 14:48
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