A INFLUÊNCIA DAS PRAÇAS NA QUALIDADE DO ESPAÇO RESIDENCIAL: O CASO DE NATAL/RN
qualidade do espaço residencial; verticalização; áreas verdes.
O interesse pela qualidade do espaço residencial tem se tornado tema recorrente, tendo em vista que se trata de fator determinante tanto nas decisões dos cidadãos, enquanto consumidores da habitação, quanto dos
promotores imobiliários, quando da implementação de empreendimentos imobiliários. Esta busca tem intensificado a verticalização e extinção de locais verdes e praças, corroborando a necessidade de estudos que correlacionem a existência, porte e proximidade de áreas verdes (praças) com a melhoria da qualidade residencial no entorno do empreendimento imobiliário. É certo que outras variáveis irão interferir na valoração, uma vez que serão avaliados aspectos da habitação, do entorno e dos percursos, porém pretende-se focar
na questão relativa aos espaços verdes. O estudo tem como objetivo analisar o efeito da verticalização e o consequente desenvolvimento de equipamentos de serviços próximos às áreas praças. Para atingir o objetivo será utilizada como base metodológica de avaliação uma ferramenta capaz de agregar indicadores e índices inter-relacionados: o Índice QER (Qualidade do Espaço Residencial), caracterizando quarteirões residenciais para a área estudada, nos períodos de 2018 e 2019. Para efetivação do estudo, será proposta uma adaptação nos procedimentos metodologia QER, a fim de alcançar mais objetividade nas análises espaciais. Com a modificação a metodologia será nomeada QOER (Qualidade Objetiva do Espaço Residencial) e os subíndices avaliados serão: Qualidade da Habitação (QH), Qualidade do Entorno (QC), Qualidade dos Serviços Públicos (QS) e Qualidade dos Percursos Casa/Serviço (QP). A partir da aplicação da metodologia citada, espera-se obter resultados corroborando que a existência de praças pode vir a interferir na qualidade do espaço residencial urbano e consequentemente na qualidade de vida dos indivíduos que residem nos entornos destas. A distância destas áreas pode ocasionar, entre outras problemáticas, no desconforto térmico e possíveis alterações no microclima, na qualidade da paisagem perceptível desde a habitação e na ausência de equipamentos de saúde, educação e segurança.