Análise Estrutural de Pontes, Repartição de Cargas, Métodos Analíticos e MEF.
As pontes são elementos essenciais para os sistemas rodoviário e ferroviário de transporte, em especial no Brasil onde estes modais são muito relevantes. Nesse contexto, se insere o sistema estrutural de pontes com longarinas principais múltiplas que ocupa lugar de destaque no mundo, por ser relativamente simples e eficiente, com vantagens econômicas e construtivas notadamente conhecidas. Apesar disso, poucos são os estudos que objetivam o estudo racional da distribuição de cargas em tabuleiros das pontes que levam em conta a rigidez à flexão das longarinas; a rigidez à flexão das transversinas e o seu impacto para a rigidez à torção e flexão da grelha resultante da associação das longarinas e transversinas. Assim, o presente trabalho teve como objetivo analisar modelos de pontes hiperestáticas com seções transversais com três, cinco, sete e oito longarinas principais, considerando a superestrutura isolada da mesoestrutura e da infraestrutura, bem como a interação conjunta das mesmas. Para tanto, os modelos foram avaliados pelos métodos analíticos de repartição transversal de cargas de Engesser-Courbon, Leonhardt, Guyon-Massonet, Homberg-Trenks e Processo de Fauchart, e comparado com modelos em elementos finitos, modelados nos softwares SAP2000 e CSi Bridge V18. Os métodos analíticos apresentaram limitações em relação à consideração da rigidez à torção ou, em alguns casos, até mesmo desprezou tal comportamento, pois não representavam, com fidedignidade, o comportamento estrutural da superestrutura. Os modelos discretizados em elementos finitos (elementos de barra e placa em comportamento plano e tridimensional) representaram o melhor comportamento das pontes, visto que permitiu considerar o funcionamento conjunto da estrutura.