Pontes; Distribuição de carga em tabuleiros; Métodos analíticos de distribuição de cargas; MEF
As pontes são elementos essenciais para os sistemas rodoviário e ferroviário de transporte, em especial no Brasil onde estes modais são muito relevantes. Segundo o relatório do Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT, 2011), baseado em dados georreferenciados pela Agencia Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), na distribuição modal da matriz brasileira de transportes regionais de carga predominam os modais rodoviário, em torno de 52 % e o ferroviário em torno de 30%, em quantidades de toneladas-quilômetro-úteis (TKUs) em relação aos outros modais. Neste sentido, projetos e execuções de estruturas deste tipo são de grande importância para o desenvolvimento econômico do Brasil. Nesse contexto, se insere o sistema estrutural de pontes com longarinas principais múltiplas que ocupa lugar de destaque no mundo, por ser relativamente simples e eficiente, com vantagens econômicas e construtivas notadamente conhecidas. Apesar disso, poucos são os estudos que objetivam otimização da distribuição de cargas em tabuleiros das pontes que levam em conta a rigidez à flexão das longarinas; a rigidez à flexão das transversinas e o seu impacto para a rigidez à torção e flexão da grelha resultante da associação das longarinas e transversinas. Assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar um modelo de ponte hiperestática com seção transversal com três, cinco e nove longarinas principais, considerando a superestrutura isolada da mesoestrutura e da infraestrutura. Para tanto, o modelo será avaliado pelos métodos analíticos de repartição transversal de cargas de Engesser-Courbon, Leonhardt, Guyon-Massonet, Homberg-Trenks e comparado com modelos em elementos finitos (Grelha, Placa e Casca).