Estudo de concretos autoadensáveis com reduzidos teores de cimento e elevados teores de adições minerais
Concreto autoadensável; resíduo; durabilidade; cloretos.
O processo de produção de concreto gera um significativo impacto ambiental por ser um dos maiores consumidores de matéria-prima, como areia, pedra, cascalho moído e água fresca. Entretanto, o maior impacto é causado pela produção do cimento Portland, material indispensável ao concreto. Materiais como o bagaço da cana-de-açúcar, cinza de casca de arroz, metacaulim e sílica ativa, são adições minerais que desempenham importante papel nas propriedades de resistência e de durabilidade, quando utilizados em mistura com cimento Portland e, sob certas condições, podem perfeitamente substituir altos teores cimento nas misturas, conferido a elas, além dos benefícios conhecidos que a redução de cimento acarreta, aumento significativo de durabilidade. A utilização de concreto autoadensável (CAA) tem crescido significativamente por suas características de alta fluidez e coesão e pela possibilidade de moldagem in loco sem vibração, formando um produto livre de vazios e falhas e que apresenta também, capacidade de fluxo através do seu peso próprio preenchendo completamente as fôrmas e atingindo a compactação mesmo em estruturas densamente armadas. O presente trabalho tem como objetivo avaliar as propriedades reológicas, físicas, mecânicas e durabilidade dos eco-concretos autoadensáveis com a incorporação de altos teores de resíduo da biomassa da cana-de-açúcar e metacaulim. Para isso, serão analisados concretos com incorporação de 40% a 60% e concretos autoadensáveis com materiais convencionais sem adições minerais para serem utilizados como referência.