Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MATHEUS PINHEIRO DA SILVA RAMOS
DATA : 22/11/2022
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/jqz-rykm-pvn
TÍTULO:
PALAVRAS-CHAVES:
Historiografia Brasileira. Espaço nacional. Cartografia. Eixo Rio-São Paulo.
PÁGINAS: 138
RESUMO:
Este trabalho tem como objetivo principal produzir um estudo acerca da hierarquização espacial do saber histórico no Brasil através dos lugares de produção e das narrativas historiográficas em que o eixo Rio-São Paulo emerge como espacialidade generalizada e difusa no território nacional. Esse acontecimento se deu em tessitura com o delineamento de uma Historiografia brasileira profissional e acadêmica, bem como num ambiente – a partir dos anos 80 e 90 – em que houve a emergência nos periódicos acadêmicos e na literatura especializada de reflexões historiográficas de maneira generalizada. Isso se deu, em grande medida, pela discussão em torno de renovações historiográficas, surgimento de novos programas de pós-graduação nas distintas regiões do país e pela produção de uma memória historiográfica das instituições. Desse modo, este empreendimento de pesquisa se situa entre a história da historiografia e uma história cultural dos espaços. Isso significa enfatizar a construção espacial como aspecto resultante de operações discursivas que atribuem sentido ao espaço nacional por meio de imagens e representações historiográficas, bem como através de lugares de produção e enunciação do saber histórico em constante litígio na narrativa dos historiadores. Essas camadas de tensões se expressam entre narrativas, problemas vistos como falibilidades metodológicas no trato com a documentação, erros no recorte espacial das pesquisas, de disputas institucionais e/ou entre grupos de historiadores e através de um paradigma nacional. Nessas disputas, o discurso histórico se mostra como um aspecto relevante, pois é através dele que as fronteiras são erigidas e os territórios se materializam, assim como as identidades e os lugares sociais e de sujeito. As fontes mobilizadas foram os escritos dos historiadores e os escritos sobre e em torno das disputas institucionais no âmbito da história no sentido perspectivar um empreendimento cujo próprio objeto seja o mapeamento das tensões de caráter espacial existentes. A cartografia é a metodologia pensada no sentido de sugerir a coexistência de diferentes percursos, caminhos e trajetórias históricas que acabaram circunscrevendo regimes espaciais na escrita dos historiadores que atuam em território nacional. Sendo assim, problematizaremos a construção histórica de dados recortes espaciais na narrativa dos historiadores, proporcionando o avanço nas pesquisas sobre as hierarquizações espaciais na historiografia brasileira.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.095.524-** - DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR - UEPB
Interno - ***.394.804-** - FRANCISCO FIRMINO SALES NETO - UFCG
Externo à Instituição - JOÃO RODOLFO MUNHOZ OHARA - UFRJ
Externo à Instituição - WAGNER GEMINIANO DOS SANTOS - UGHENT