A PRODUÇÃO “BLUES” FORTALEZENSE ENTRE MANUTENÇÃO, TRANSIÇÃO, ESPAÇOS E SUJEITOS: (DES)TERRITORIALIDADE DA CENA “BLUES” DE FORTALEZA 2000-2008
Cena. “Blues”. Fortaleza. Sujeitos. (Des)territorialização.
Esta tese tem como objetivo a análise da trajetória da cena “blues” de Fortaleza, pautada em seus aspectos de manutenção e de transição bem como em seus processos de (des)territorialização. Como recorte temporal, delimita-se o intervalo entre 2000 e 2008. O ano 2000 foi marcado por transformações significativas dessa cena (caracterizada pela transição da fase Blues Ceará para a Casa do Blues). Já o ano 2008 representou o ano imediatamente anterior à criação da Associação Casa do Blues, uma instituição que contribuiu/ contribui para a produção “blues” fortalezense. Para a investigação da trajetória da cena se destacam as análises: do contexto histórico-espacial de Fortaleza nas décadas de 1990 e 2000; do cenário musical fortalezense nesse período; das trajetórias dos integrantes desse espaço (principalmente a relação deles com a cidade); da mudanças ocorridas na cena “blues” entre 1998 e 2001; das características espaciais dessa cena, a partir do ano 2000 bem como de seus processos de expansão tanto no ambiente físico (para além da cidade de Fortaleza) quanto no ambiente virtual (por intermédio do desenvolvimento das redes sociais, a partir dos anos 2000). Como aporte teórico-metodológico, inicialmente a tese reforça o conceito de cena e o de cartografia afetiva bem como a categoria espaço, principalmente sob a perspectiva das reflexões de Doreen Massey. Ademais, a tese salienta a utilização dos depoimentos dos artistas integrantes dessa cena; dos materiais hemerográficos catalogados principalmente por meio dos jornais O Povo e o Diário do Nordeste; dos documentos virtuais produzidos por esses sujeitos, quando se socializavam nas redes sociais como também materiais de mapas e fotografias que norteiam as espacialidades desenvolvidas por eles por meio da cena “blues” em Fortaleza.