PPGH/CCHLA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Telefone/Ramal: (84) 3342-2246/755 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgh

Banca de QUALIFICAÇÃO: CID MORAIS SILVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CID MORAIS SILVEIRA
DATA : 05/11/2021
HORA: 10:00
LOCAL: meet.google.com/izj-czud-dsx
TÍTULO:

“Um navio de papel com emigrados que me dizem adeus”: a geografia literária de Teixeira de Pascoaes e a crise dos espaços em Portugal (1877-1928).


PALAVRAS-CHAVES:

Teixeira de Pascoaes; Portugal; geografia literária; desterritorialização; crise dos espaços.


PÁGINAS: 199
RESUMO:

Esta tese em construção se propõe a analisar a relação entre o poeta português Teixeira de Pascoaes e os espaços que aparecem em sua obra, articulando-a com uma crise que atingia dados espaços na sociedade portuguesa entre o fim do século XIX e início do século XX. Meu objetivo é analisar as dimensões simbólicas – imagens, significados e valores - construídas e agenciadas pelo discurso literário de Teixeira de Pascoaes e como esse discurso enuncia e constrói paisagem afetivas e saudosas da casa, da montanha, das aldeias, das cidades. Na contramão dos estudos que tendem a reduzir a obra de Pascoaes a uma expressão do Saudosismo, a uma literatura da ausência ou uma filosofia da saudade, desejo inaugurar uma outra forma de interpretação, e é aqui onde se encontra a tese central deste trabalho: pensar a poética do espaço em Pascoaes como uma literatura de resistência a um processo de desterritorialização sofrido por grande parte da população de Portugal no período destacado. Ao lado de acontecimentos traumáticos, de desestabilizações sociais, políticas e econômicas, surgiu o que chamo de crise dos espaços, ou seja, uma quebra do vínculo entre dados grupos sociais e a terra, o desenraizamento coletivo do lugar natal, um movimento de afastamento e uma perda de controle das territorialidades individuais e coletivas, provocada pelos tempos de crise e pelo avanço da modernidade capitalista e burguesa. Cultivo a hipótese de que a figura de Pascoaes, juntamente com sua geografia poética, representa um desejo de luta frente a esse processo, fazendo justamente o movimento contrário: o sujeito que retorna à aldeia onde nasceu e à Casa de Pascoaes, em ruínas, para reconstruí-la e lá viver até o resto de sua vida, à beira da montanha.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 380.095.524-53 - DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR - UEPB
Interno - 043.394.804-36 - FRANCISCO FIRMINO SALES NETO - UFCG
Interno - 1149437 - RAIMUNDO PEREIRA ALENCAR ARRAIS
Notícia cadastrada em: 28/10/2021 09:25
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