PPGH/CCHLA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Telefone/Ramal: (84) 3342-2246/755 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgh

Banca de DEFESA: CAMILA RAFAELA PEREIRA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAMILA RAFAELA PEREIRA DE SOUZA
DATA : 16/12/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

JANE AUSTEN E A HISTÓRIA: UM OLHAR SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE MULHERES, ESPAÇOS E CLASSE EM RAZÃO E SENSIBILIDADE E EMMA (1811-1815)


PALAVRAS-CHAVES:

História & Literatura; Jane Austen; Espaços; Mulheres; Século XIX;


PÁGINAS: 202
RESUMO:

Esta Dissertação produz uma análise historiográfica sobre como se constituíam os espaços públicos e os privados no Sulda Inglaterra através da experiência feminina. Para tanto, utiliza-se comoobjetos de análise doisromances: Razão e Sensibilidade, publicado em 1811, e Emma, publicado em 1815, ambos de autoria da romancista inglesa Jane Austen, que viveu, escreveu e publicou durante a era georgiana britânica (1714-1830). A pesquisa escolheu como recorte temporal os anos de 1811 a 1815 em função das publicações dos objetos escolhidos e daquilo que eles proporcionam, o que significa que recuos e avanços no tempo em relação a este recorte terão que ser feitos por questões que a própria obra da autora exige e pelo fato de ela mesma ter vivido entre 1775 e 1817; por esta razão, o contexto temporal insere-se entre a passagem do século XVIII para o XIX, período em que as obras foram elaboradas, e que é visto por muitos como um momento da História inglesa marcado por transformações que até hoje são fundamentais para o mundo industrial e tecnológico da vida contemporânea. Aquele era um momento de partida para o progresso decorrente da Revolução Industrial, evento que se intensificou a partir do século XIX e transformou quase todos os âmbitos daquela sociedade. Foi naquele período de transformações que Jane Austen escreveu sobre o cotidiano de famílias da gentry e de suas propriedades nos vilarejos situados no ambiente rural inglês, ambiente este que se opunha ao frenesi industrial das cidades, mas que não deixava de ser influenciado de alguma maneira pelas novasmudanças emcurso. Poristo, o exercício desta pesquisa vai além de uma leitura do que a autora escreveu: foi preciso interpretar aquilo que não estava escrito para, assim, circunscrever tudo aquilo que serviu como questão relevante para os livros. A partir daí, recorreu-se ao stimmung (ou o clima da época), proposto pelo teórico alemão Hans Gumbrecht, para compreender o processo que impulsionou a insatisfação da autora no que diz respeito à condição das mulheres de seu tempo, o que a fez transformar tais incômodos em Literatura. Além disso, incorporam-se a esta pesquisa as teorias de gênero propostas pela filósofa estadunidense Judith Butler, a fim de possibilitar uma observação das manifestações espaciais de vários grupos sociais e perceber como suas práticas culturais puderam construir diferentes espaços geográficos; pensando a partir das interseções estabelecidas entre relações de gênero e outros pertencimentos identitários. No caso deste trabalho, tanto as relações de gênero quanto as de classe servem como variáveis para entender os processos de experiência e de transformação do espaço. Aliado a esta perspectiva, o pensamento da geógrafa britânica Doreen Massey torna-se de muita relevância para esta pesquisa: afinal, para pensar sobre as multiplicidades dos espaços e de como eles podem ser experienciados de distintas formas é preciso perceber as posições que cada pessoa ocupa na sociedade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 380.095.524-53 - DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR - UEPB
Interno - 1518086 - FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES SANTIAGO JUNIOR
Externa à Instituição - JOANA MARIA PEDRO - UFSC
Externa ao Programa - 2914858 - JUCIENE BATISTA FELIX ANDRADE
Notícia cadastrada em: 23/11/2020 16:31
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