Banca de DEFESA: ANA CLARA DA COSTA NUNES GOMES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CLARA DA COSTA NUNES GOMES
DATA : 28/02/2019
HORA: 11:00
LOCAL: Anfiteatro dos Répteis - CB
TÍTULO:

Agomelatina em ratas: efeitos sobre comportamentos relacionados à ansiedade à luz do seu efeito antidepressivo


PALAVRAS-CHAVES:

Agomelatina; Ansiedade; Depressão; Labirinto em Cruz elevado; Labirinto em T elevado; Teste de natação forçada; hepatotoxicidade


PÁGINAS: 70
RESUMO:

A agomelatina é um agonista de receptores MT1 e MT2 e antagonista do receptor 5-HT2C usado na farmacoterapia de transtornos depressivos. Ademais, seu uso tem sido sugerido para aliviar sintomas dos transtornos de ansiedade, incluindo ataques de pânico. O objetivo do presente estudo foi avaliar se a administração de agomelatina altera respostas relacionadas à ansiedade e ao pânico em fêmeas. Ratas Wistar foram submetidas a dois testes de ansiedade baseados na aversão inata de roedores a locais abertos e desprotegidos, o labirinto em cruz elevado (LCE) e o labirinto em T elevado (LTE) e ao teste de campo aberto (CA), este último para avaliar índices de ansiedade e a atividade locomotora das ratas. Em nossos resultados, observamos que não houve alteração na atividade locomotora das fêmeas submetidas à administração oral de agomelatina (25, 50 ou 75 mg/Kg, 60 minutos antes do teste) em curto prazo, conforme avaliado no CA e no LCE. Em relação às respostas relacionadas à ansiedade, a administração de agomelatina (12,5, 25 ou 50 mg/Kg, 60 minutos antes do teste) não alterou a exploração dos braços abertos do LCE. No LTE, a administração de agomelatina sessenta minutos antes das sessões de pré-teste e teste não modificou a aquisição de esquiva inibitória, nem a resposta de fuga nas doses de 50 e 75 mg/Kg. Porém, a dose de 25 mg/Kg favoreceu uma redução na latência para a fuga, sugerindo um efeito panicogênico. Diante da ausência de eficácia da administração em curto prazo de agomelatina sobre a ansiedade experimental, e visando confirmar sua eficácia antidepressiva em fêmeas, as ratas submetidas ao LTE foram submetidas à administração das mesmas doses de agomelatina 60 minutos anteriores ao CA, pré-teste e tese da natação forçada (TNF), com 24 horas de intervalo entre os procedimentos. No TNF, a administração de agomelatina em curto prazo (50 e 75 mg/Kg) não alterou o comportamento de climbing, mas reduziu o tempo de imobilidade, reforçando, assim, o perfil antidepressivo do fármaco em fêmeas. Assim, objetivando verificar se a administração em longo prazo de agomelatina favoreceria um efeito do tipo ansiolítico e⁄ou panicolítico, um grupo independente de ratas foi submetido à administração por 25 dias de agomelatina na dose de 50 mg/Kg e, 60 minutos após a última administração, ao teste no LTE, CA e coleta de sangue para análise bioquímica (AST e ALT) e histológica do fígado. A administração em longo prazo de agomelatina não alterou nenhum dos parâmetros analisados, sugerindo ausência de efeito comportamental, bem como de hepatotoxicidade. Os dados aqui obtidos revelam uma ausência de perfil ansiolítico da agomelatina em curto e longo prazo, porém confirmam seu potencial antidepressivo em curto prazo em fêmeas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1720860 - VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
Externa ao Programa - 2121895 - ALIANDA MAIRA CORNELIO DA SILVA
Externa à Instituição - MARIANA FERREIRA PEREIRA DE ARAUJO - IINN
Notícia cadastrada em: 21/02/2019 15:58
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