Banca de QUALIFICAÇÃO: GENILSA DUARTE DA COSTA OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GENILSA DUARTE DA COSTA OLIVEIRA
DATA : 31/08/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de aula do PPGCB/PPGBP
TÍTULO:

POTENCIAL BIOATIVO DE EXTRATOS PEPTÍDICOS DAS SEMENTES DE ERYTHRINA VELUTINA E AMBURANA CEARENSIS


PALAVRAS-CHAVES:

Cumaru, mulungu, Callosobruchus maculatus, Aedes aegypti, peptídeos antimicrobianos, larvicida


PÁGINAS: 52
RESUMO:

As plantas são sujeitas constantemente a estresses abióticos (temperatura, salinidade, radiação, seca) e bióticos (microrganismos, predadores, etc.) e em resposta a esses fatores desenvolveram mecanismos de defesa constitutivos e induzidos, que envolvem componentes estruturais e bioquímicos, como: cascas, espinhos, tricomas, ceras e a produção de compostos químicos como metabólitos primários e secundários (alcaloides, fenóis, terpenóides, aminoácidos não proteicos, peptídeos e proteínas tóxicas). As sementes de leguminosas são uma rica fonte de moléculas de defesa de plantas contra patógenos e pragas, sendo, portanto, uma estrutura relevante na busca por peptídeos ativos. As plantas do bioma Caatinga ainda são pouco conecidas quanto ao seu potencial em moléculas bioativas. Neste trabalho duas espécies de plantas da caatinga foram utilizadas para obtenções de extrato peptídico a partir das sementes, Erythrina velutina (mulungu) e Amburana cearensis (cumaru). As sementes foram separadas em tegumento e cotilédones, resultando em quatro extratos diferentes. Após a extração de peptídeos foi realizado um SDS-PAGE para análise do perfil eletroforético que mostrou a presença de polipeptídeos a partir de 97 kDa como também peptídeos abaixo de 18 kDa. Os extratos apresentaram atividade inibitória para tripsina, sendo 99,08% para cotilédone de cumaru; 89,91% para cotilédone de mulungu e 68,35 % e 63,30% para tegumento de cumaru e mulungu, respectivamente. Quando avaliado quanto ao potencial fungicida para espécies de fungos fitopatogênicos A. alternata, M. phaseolina, M. cannoballus e R. solani., nenhum dos extratos foi capaz de inibir o crescimento dos fungos. Os mesmos extratos também não apresentaram potencial antimicrobiano para E. coli e S. aureus. Ao avaliar o potencial larvicida dos extratos peptídicos de cotilédone de cumaru e cotilédone de mulungu em dieta artificial para a praga do feijão Caupi, Callosobruchus maculatus, observamos que o extrato de cotilédone de cumaru a partir de 1,6% já foi capaz de reduzir a massa das larvas, comprometendo seu crescimento e sobrevivência. Para os extratos de cotilédone de mulungu não foi observado larvas desde a concentração de 0,1%. Os extratos também foram avaliados quanto ao seu potencial contra as larvas do inseto vetor Aedes aegypti. Os extratos de cotilédones de cumaru e mulungu causaram a mortalidade de 100% das larvas L1 na concentração de 10 mg/mL após 24 horas de incubação. O extrato de cotilédones de mulungu apresentou uma mortalidade de 33% na concentração e 2,5 mg/mL após 48 horas de ensaio. O extrato de tegumento de cumaru a 2 mg/mL promoveu a mortalidade de 71,66% das larvas e tegumento de mulungu 18,33%. A prospecção de bioatividade de extratos peptídicos demonstrou resultados negativos quanto ao potencial antimicrobiano contra fungos fitopatogênicos e bactérias. No entanto, dos quatro extratos peptídicos avaliados, apenas os extratos de cotilédones das duas sementes foram efetivos contra C. maculatus e os dois extratos de cumaru se mostraram com maior potencial larvicida para A. aegypti. Esses achados indicam que os extratos de ambas as sementes são ricas fontes de moléculas, peptídeos e proteínas bioativas com potencial larvicida, porém ainda é preciso identificar as moléculas associadas a essa atividade e seu mecanismo de ação contra as duas espécies de insetos.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1549705 - ADRIANA FERREIRA UCHOA
Interno - 1452833 - MARIA CELESTE NUNES DE MELO
Interno - 1715271 - RENATA ANTONACI GAMA
Notícia cadastrada em: 30/08/2017 16:43
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