Banca de QUALIFICAÇÃO: ALESSANDRA MARINHO MIRANDA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALESSANDRA MARINHO MIRANDA
DATA: 26/02/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Reuniões - CB
TÍTULO:

EFEITOS DO ALCALÓIDE INDÓLICO CAULERPINA, EXTRAÍDA DA ALGA Caulerpa racemosa, COMO TRATAMENTO DE COLITE EXPERIMENTAL MURINA.


PALAVRAS-CHAVES:

Doença inflamatória intestinal, Caulerpina, Colite


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Biologia Geral
RESUMO:

As doenças inflamatórias intestinais são enfermidades onde a tolerância e homeostase da resposta inflamatória estão comprometidas, gerando lesões teciduais e favorecendo o surgimento de neoplasias. Há dois importantes exemplos de doenças inflamatórias intestinais, a colite ulcerativa, foco do modelo desse estudo, e a doença de Crohn. Os medicamentos utilizados no tratamento dessas doenças desencadeiam diversos efeitos adversos, além disso, em alguns pacientes eles não são eficazes. Os extratos de algas têm demonstrado várias atividades biológicas, entre elas a atividade anti-inflamatória. Os extratos das algas do gênero Caulerpa foram utilizados em vários estudos, onde modelos inflamatórios foram analisados, entre eles o modelo de colite ulcerativa. A utilização do extrato metanólico da C. mexicana como terapêutica nesse modelo atenuou o quadro clinico desenvolvido pelos animais. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo analisar a ação terapêutica da Caulerpina (CLP), extraída da C. racemosa, no modelo murino de colite ulcerativa. Camundongos C57BL/6 machos foram expostos a uma solução de DSS a 3% por sete dias. A partir do primeiro dia de exposição ao DSS os animais foram tratados em dias alternados com a CLP nas doses de 40 e 4 mg/kg e com a dexametasona (3 mg/kg) por via oral. O desenvolvimento da doença foi analisado através do índice de atividade da doença (IAD), que leva em consideração a perda de peso corporal, a consistência e a presença de sangue nas fezes. Após a eutanásia, o cólon foi removido e mensurado, e amostras do tecido colônico foram destinadas a análise histológica e à cultura para dosagem de citocinas. Os níveis de citocinas no sobrenadante da cultura do cólon foram mensurados por ELISA. Os tratamento com a CLP (4 mg/kg) desencadeou significativa melhora quanto à perda de peso corporal e ao IAD, e atenuou o encurtamento do cólon em resposta ao DSS. Tal dose foi capaz de reduzir os níveis de citocinas pró-inflamatórias analisadas (TNF-a, IFN-g, IL-6, IL-17), além de ter sido o único tratamento que atenuou a queda a citocina anti-inflamatória IL-10. O tratamento com a CLP (40 mg/kg) não obteve bons resultados quanto a perda de peso e ao IAD, além de não ter atenuado a redução do cólon em resposta ao DSS. Essa dose conseguiu reduzir os níveis das citocinas pró-inflamatórias, porém não os níveis de IL-6. O tratamento com a dexametasona obteve melhora discreta quanto à perda de peso corporal e ao IAD, porém não atenuou a redução do cólon em resposta ao DSS. Esse tratamento também conseguiu reduzir todas as citocinas pró-inflamatórias testadas. Deste modo a CLP (4 mg/kg) demonstrou ser uma alternativa promissora no tratamento da colite ulcerativa, em razão dos seus efeitos benéficos sobre parâmetros clínicos e morfológicos do modelo em estudo, bem como pela redução da produção de citocinas pró-inflamatórias do padrão Th1 e Th17 e pela atenuação na queda dos níveis de IL-10.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1346635 - JANEUSA TRINDADE DE SOUTO
Interno - 1752367 - PAULO MARCOS DA MATTA GUEDES
Interno - 1720860 - VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
Notícia cadastrada em: 25/02/2014 16:08
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa11-producao.info.ufrn.br.sigaa11-producao