Banca de DEFESA: IZABELLA BEZERRA DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IZABELLA BEZERRA DE LIMA
DATA: 16/02/2012
HORA: 08:30
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA HANSENÍASE: EM FOCO O ESTIGMA NO CONTEXTO DA SAÚDE MENTAL


PALAVRAS-CHAVES:

Hanseníase, estigma, preconceito, saúde mental, enfermagem, Teoria das Representações Sociais


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO:

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, que tem preferência pelos nervos periféricos. Por isso, possui um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades. A hanseníase também é conhecida como “lepra”, termo carregado de uma concepção que caracterizava a doença como deformante e incurável, ligada ao estigma e ao preconceito. Nesse contexto, este estudo objetiva apreender as representações sociais da hanseníase que interferem modificando as relações interpessoais do portador da hanseníase no que diz respeito ao estigma e preconceito. E como objetivos específicos: descrever as mudanças ocorridas nas atividades da vida diária do portador e família, aplicar a escala SALSA (Screening of Activity Limitation and Safety Awareness) para identificar significados; identificar o grau de participação do doente de hanseníase junto ao grupo de pertença. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, exploratório-descritivo, tendo a Teoria da Representação Social como referencial metodológico. O número de sujeitos da pesquisa foi de 22, que se encontravam em tratamento com poliquimioterapia, atendidos no ambulatório de doenças infectocontagiosas do Hospital Giselda Trigueiro, localizado na cidade de Natal-RN. Os usuários foram de ambos os sexos, entre 16 a 79 anos de idade, com diagnóstico de hanseníase paucibacilar ou multibacilar, e que aceitaram participar espontaneamente do estudo. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Onofre Lopes, protocolo nº 147/08, em 04 de julho de 2008, teve como instrumento de coleta de dados, um roteiro para a identificação do colaborador, a escala SALSA e a escala de Participação e uma entrevista semi-estruturada, gravada individualmente, por meio de dispositivo eletrônico, em ambiente apropriado e que não teve interferência de terceiros. A análise dos resultados obtidos a partir do questionário de Identificação, da Escala SALSA e da Escala de Participação ocorreu através da construção de tabelas e gráficos, com a utilização do Microsoft Excel Start 2010. O material gravado, transcrito e preparado, foi submetido à Análise lexical do Software Analyse Lexical par contexte d’um Ensemble de Segments de Texte (Alceste) e posteriormente á Análise de Conteúdo de Bardin. Os sujeitos da pesquisa eram em sua maioria formados por homens (14), com idade inferior a 60 anos (91%), com ensino Fundamental Incompleto (41%), em união estável ou casado (68%), e com diagnóstico de hanseníase dimorfa (41%) e tuberculoide (32%). Aplicação das escalas SALSA e de Participação mostraram baixa influencia do diagnóstico de hanseníase na vida diária dos sujeitos, assim como nas suas relações de participação na sociedade. No entanto, na análise das entrevistas, foi observado a construção de duas categorias, a primeira referente a aceitação da doenças como processo de adoecimento comum a vida humana e a segunda, como processo de adoecimento permeado por sentimento negativos, no qual o doente sente a necessidade de negar para a sociedade e muitas vezes para si, que está com hanseníase. A partir da população observada, chegou-se a identificar que a Representação Social da Hanseníase está em processo de transição, no qual, as ações de educação em saúde tem surtido efeito positivo no combate ao estigma e preconceito, mas ainda os usuários tem vivenciado esse processo de adoecimento com grande medo do preconceito, e se vê obrigado a negar a existência da doença e do tratamento.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338218 - CLELIA ALBINO SIMPSON
Externo à Instituição - FRANCISCA LUCÉLIA RIBEIRO DE FARIAS - UNIFOR
Interno - 396864 - FRANCISCO ARNOLDO NUNES DE MIRANDA
Interno - 6338033 - REJANE MILLIONS VIANA MENESES
Notícia cadastrada em: 13/01/2012 09:03
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