Banca de DEFESA: VANNUCIA KARLA DE MEDEIROS NOBREGA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VANNUCIA KARLA DE MEDEIROS NOBREGA
DATA: 16/12/2011
HORA: 14:30
LOCAL: Departamento de Enfermagem - Anfiteatro Prof. Lucia Brandao
TÍTULO:

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO COMPORTAMENTO AGRESSIVO DO HOMEM SOB A ÓTICA DA MULHER VITIMIZADA


PALAVRAS-CHAVES:

violência contra a mulher, masculinidade, saúde do homem, saúde mental


PÁGINAS: 178
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem Psiquiátrica
RESUMO:

Objetivamos com esse estudo apreender as representações sociais do comportamento agressivo do homem na ocorrência de violência intrafamiliar, sob a ótica da mulher vitimizada. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, exploratório e representacional, cuja abordagem metodológica se insere na categoria qualitativa. Considerando a complexidade da temática violência, as condições biopsíquicas e sociais da mulher que sofreu a violência, o referencial de busca e direcionamento tomados por elas como tentativa de quebrar o ciclo no âmbito familiar, optamos, após visita in loco, pelo Centro de Referencia a Mulher Cidadã (CRMC) como cenário de investigação, Natal – RN. Os critérios de seleção das participantes foram: mulheres que viveram/vivem situações de violência intrafamiliar; com vinculo afetivo ou de parentesco com o agressor; estejam em condições psicológicas e emocionais adequadas à realidade; que estejam sob proteção ou atendidas pelo serviço acima relacionado. Adotamos um enfoque multimetodológico a partir dos seguintes instrumentos de coleta: o questionário, o Desenho-estória (DE) e, em caráter complementar, o diário de campo. Dessa forma, foi possível caracterizar as mulheres investigadas, seus agressores e a violência sofrida, bem como, categorizar os discursos do corpus “homens”, gerado pelo ALCESTE. Para analise dos dados textuais, optamos pelo uso do software ALCESTE conjugado a análise de edição e leitura flutuante. Foram investigadas 20 mulheres vítimas de violência intrafamiliar, cujo autor das agressões era o marido/ companheiro. Identificamos que 70% (n=14) dos homens com comportamento agressivo apresentam igualmente histórico familiar de violência e relações familiares fragilizadas. No tangente às condições físicas e emocionais do agressor na hora da violência, 50% (n=10) desses homens, independente do uso do álcool, apresentavam frequentemente comportamento briguento e/ou nervoso, impaciência e humor imprevisível, frente a uma contrariedade, preocupação ou aborrecimento. Quanto a natureza da violência, observamos que as mulheres foram vítimas de todos os tipos de violência, todavia, a psicológica, prevaleceu em 100% dos casos. O corpus “homens” gerou três classes, cujo foco são respectivamente: renuncia, denuncia e violência/ agressão. Sendo possível assim categorizá-las: Categoria 1: “Fui esquecendo de mim”. O sonho que te deixa míope; Categoria 2: “Escrevendo uma nova história”. Quando a mulher resolve denunciar; Categoria 3: “Eu não sei explicar, só sei sentir”. A violência e suas significações. Dessa forma, evidenciamos que as representações sociais do comportamento agressivo do homem, a partir da mulher vitimizada, estão ancoradas nas concepções de doença, como vício ou psicopatias; dos constructos familiares em que os homens estão inseridos e em um caso especifico, proveniente da concepção/gestação, contribuindo para a construção de um ser violento. Esperamos que esse estudo contribua na construção de políticas públicas de saúde voltadas para o homem, com vistas a equidade de gênero, de forma que possa envolvê-los ativamente na diminuição e interrupção do ciclo de violência.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 338218 - CLELIA ALBINO SIMPSON
Externo à Instituição - EDNALDO CAVALCANTE DE ARAÚJO - UFPE
Presidente - 396864 - FRANCISCO ARNOLDO NUNES DE MIRANDA
Interno - 346795 - ROSINEIDE SANTANA DE BRITO
Notícia cadastrada em: 24/11/2011 13:40
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