Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA MICHELE DE FARIAS CABRAL

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA MICHELE DE FARIAS CABRAL
DATA: 04/11/2011
HORA: 14:30
LOCAL: Departamebto de Enfermagem
TÍTULO:

História oral de vida dos filhos do preventório no Rio Grande do Norte: Vivências a compartilhar. 

PALAVRAS-CHAVES:

Hanseníase; História oral; Preventório/Educandário; Enfermagem.

PÁGINAS: 24
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

A Hanseníase ou doença de Hansen, conhecida como lepra, é tida como um dos mais antigos problemas de saúde da história da humanidade. Secularmente considerada uma doença contagiosa, mutilante e incurável, provoca uma terrível carga estigmatizante, caracterizada por atitudes preconceituosas de rejeição ao doente e seus familiares, originando espaços de exclusão na sociedade. O isolamento foi utilizado ao mesmo tempo em que se criou uma estrutura que o sustentava. O modelo que se apoiava em um tripé, amparado no funcionamento do leprosário, preventório e dispensário foi ratificado como política oficial do Serviço Nacional de Lepra. Dentro desse modelo, o infectado deveria ser tratado no leprosário, o comunicante (aquele com indicativos de manifestação da doença) no dispensário e os filhos dos infectados, no preventório. Conforme apontam Richards (1993) e Ginzburg (1991) o isolamento compulsório dos pacientes portadores de lepra evitou a propagação da doença, mas também causou sérios problemas sociais e psicológicos, como por exemplo, o afastamento de sua família geralmente de forma brusca, com perda total ou parcial do vínculo devido à representação da doença para o doente, família e sociedade. Ademais, os filhos eram retirados das mães muitas vezes de forma desumana, para serem confinados e criados em educandários.Neste estudo pretende-se fazer reflexões sobre a história de vida das pessoas, as quais em sua infância foram portadoras do ―estigma crônico que as acompanharia por toda a vida, obrigando-as a esconder sua situação no estabelecimento das relações sociais. Acreditamos que a partir de suas histórias de vida encontraremos respostas para problemas que persistem como fantasmas na vida de cada um, essa singularidade nos levará a entender o passado de uma doença tão estigmatizante, para que não se repita no presente os sofrimentos do passado. Com objetivo de resgatar a história de vida dos filhos de ex- portadores de hanseníase que foram internos no preventório. Esta pesquisa se constitui exploratória e descritiva, com uma abordagem qualitativa, utilizando-se o enfoque da história oral de vida como referencial metodológico. Na história oral três elementos precisam estar combinados, hierarquizados e bem definidos para operarem adequadamente, sendo eles: comunidade de destino, a colônia e as redes. Iniciaremos a escolha dos colaboradores por acreditar que estes a partir de reunião articulada pelo MORHAN, visando a criação de um núcleo no estado do Rio Grande do Norte com o intuito de elaborar documento que irá subsidiar uma política pública voltada para a garantia dos direitos de cidadania como forma de reparar danos causados pelo afastamento de seus pais doentes, os quais sofreram o preconceito e estigmatização sem serem portadores da doença e por terem vivenciado de forma intensa mudanças impostas pelo isolamento); a participação deverá ser voluntária sendo uma condição metodológica fundamental o respeitado os preceitos éticos da Res. 196/96 que trata de pesquisas envolvendo seres humanos. As entrevistas são divididas em três etapas, a pré-entrevista, a entrevista em si e a pós-entrevista. Após a realização das entrevistas, iremos ouvir as gravações exaustivamente, até que tenhamos absorvido bem as narrativas, de maneira a facilitar os próximos passos de análise: Transcrição, Textualização e Transcriação. 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338218 - CLELIA ALBINO SIMPSON
Interno - 396864 - FRANCISCO ARNOLDO NUNES DE MIRANDA
Externo à Instituição - LENILDE DUARTE DE SÁ - UFPB
Interno - 6338033 - REJANE MILLIONS VIANA MENESES