Banca de DEFESA: LORRAINY DA CRUZ SOLANO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: LORRAINY DA CRUZ SOLANO

DATA: 01/12/2010

LOCAL: Anfiteatro Profa.Raimunda Germano

TÍTULO:

O corpo como matriz pedagógica. Natal, 2010


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Educação em enfermagem. Corpo Humano. Metáfora.


PÁGINAS: 94

GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde

ÁREA: Enfermagem

RESUMO:

A conjuntura contemporânea alicerçada no saber capitalístico conflui para a
inconsciência corporal que nos faz ver, sentir, saborear, ouvir, ser em/aos pedaços.
A razão descorporificada legitima e legisla modos de ser e de viver socialmente e
tem como desdobramento a desumanização das relações humanas, causando dor e
sofrimento. O objetivo deste trabalho é discutir o corpo como matriz pedagógica
mediante elementos imagísticos/artísticos: música, pintura e literatura. As metáforas
levam a um auto conhecimento da subjetividade humana e nos aproxima do
caleidoscópio do saber sensível e possibilitam aprender a aprender com as infinitas
combinações de imagens, conhecimentos, sentimentos e visões de mundo. A
música Memória da Pele vem na voz de Maria Betânia falar das lembranças que não
são minhas, mas estão em mim tatuadas na memória da pele, cantando as
recordações de um amor vivido de quem tenta esquecer racionalmente, mas que o
corpo teima em lembrar. É uma senha para pensar no que somos. O conto de
Clarice Lispector, intitulado Miss Algrave, narra a história de vida de uma mulher
solteira e virgem, e seu encontro com um extraterrestre chamado Ixtlan. Até então,
ela que vivia como se todos os dias fossem uma segunda-feira, se viu seduzida pelo
prazer em ter um corpo em contato com outro corpo, o que lhe permitiu também dar
visibilidade aos corpos dos outros. Tinha repúdio pela imoralidade que os corpos dos
outros e o seu transpiravam. A descoberta do corpo traz lições importantes para a
enfermagem, envolvendo o nosso e os outros corpos. A tela cama voadora ou o
Hospital Henry Ford, de Frida Kahlo, é nossa última metáfora. A experiência
traumática do aborto é mostrada nessa tela através da pintura da artista nua em
cima de uma cama de hospital. Essa tela nos convida a refletir sobre nosso processo
de trabalho. Precisamos pensar na multidimensionalidade do ser e aceitar o convite
da arte, para que a leveza nos confronte com o peso imposto pelo ideário
hegemônico. Acredito não ser uma única visão, mas as muitas visões que devam
fundamentar os saberes e fazeres da enfermagem; o que importa é que sejam eles
tecidos no diálogo, na democracia, na condição de protagonismo dos sujeitos
envolvidos nesse processo, na errância e incerteza, na religação, na solidariedade,
na pluralidade. Para tanto, o corpo deve ser o grande pedagogo capaz de ser olhado
não como uma tapeçaria vista pelo direito, como vê o saber lógico, mas vista pelo
avesso em suas tramas singulares, irregulares, descontínuas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - AILTON SIQUEIRA DE SOUZA FONSECA - UERN
Interno - 2566534 - JACILEIDE GUIMARAES
Presidente - 6345524 - RAIMUNDA MEDEIROS GERMANO
Interno - 1214075 - SORAYA MARIA DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 18/11/2010 15:10
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